TrimNW produz interiores de automóveis para toda a Europa
Rui Lopes, Rui Santos e Ricardo Fernandes agarraram no conhecimento como trabalhadores da IPETEX e fundaram uma empresa de sucesso que produz componentes têxteis para a indústria automóvel. 2025 vai ser um ano de mudança para as novas instalações em Vila Chã de Ourique, Cartaxo.
A TrimNW, sediada na zona industrial de Santarém, trabalha para a indústria automóvel e tem duas áreas de negócio, têxtil técnico para peças de insonorização e peças têxteis para interiores, com foco nas pequenas séries e nichos de mercado. A empresa fundada a partir da IPETEX e de três dos seus ex-funcionários, Rui Lopes, Rui Santos e Ricardo Fernandes, está há quase 10 anos no mercado, activa e disponível, o que a distingue face à concorrência, afirma o sócio-gerente Rui Lopes. Até Agosto do próximo ano, a TrimNW estará em mudanças para instalações próprias em Vila Chã de Ourique, no concelho do Cartaxo, para potenciar o seu crescimento.
O nome TrimNW deriva da área onde as peças são aplicadas no automóvel, a área Trim, e o NW é o nome inglês do têxtil produzido pela empresa, o não-tecido, que representa 70% das vendas, em que mais de 95% são para o mercado europeu. Nos próximos meses, a empresa terá novos clientes provenientes de um acordo com uma empresa inglesa que vai parar a sua linha de produção, o que pode representar um aumento nas vendas de 15 a 20% no próximo ano. “Há concorrentes que anunciaram fecho para os próximos meses, potenciando o aumento das nossas vendas. A economia não cresce o suficiente para que as pessoas tenham rendimento para trocarem de carro com mais frequência. Portugal não é muito exemplo disso, mas as principais economias europeias”, afirma Rui Lopes, vincando que a TrimNW investe cerca de 7% do valor das vendas em inovação.
Atualmente funciona com 30 trabalhadores e a perspetiva é criar perto de 10 novos postos de trabalho com a mudança. Todos se conhecem e o empresário explica que o que mantém os seus funcionários é ganharem um pouco mais acima da média, além de regalias como seguro de saúde e movimentação entre algumas áreas para que não estejam sempre afectos à mesma função. “Os momentos de crise são maus para empresas que não estejam preparadas para se aguentar”, afirma Rui Lopes.