Borrego Leonor & Irmão é uma empresa reconhecida e respeitada por todo o sector agrícola
Para Mário Manuel Damásio, chefe de Secção da empresa, é injusto dizer que os agricultores não têm preocupações com a sustentabilidade.
A Borrego Leonor & Irmão é uma empresa familiar estabelecida em Janeiro de 1968, em Almeirim. Inicialmente situada no centro da cidade, a expansão levou-a a mudar-se para a zona industrial.
No Ribatejo tem também instalações em Salvaterra de Magos e investiu igualmente no Alentejo, onde comercializa também maquinaria agrícola, contando com lojas e oficinas em Beja e Évora.
Trabalha essencialmente para o mercado agrícola, tendo uma panóplia muito grande de clientes. Desde aquele que adquire ao balcão os produtos de que necessita diariamente, como adubos, sementes, fitofármacos ou uma banal peça para a rega, a empresas nacionais e regionais, privadas e públicas, grandes casas e empresas agrícolas, que necessitam de acompanhamento técnico.
A empresa é reconhecida pela sua estabilidade e dinâmica, sendo respeitada pelos principais fornecedores e pelas melhores marcas. A sua oferta inclui fertilizantes sólidos e líquidos, sementes, rações para animais, fitofármacos, bem como utensílios e acessórios para a agricultura. Além disso, destaca-se pela especialização no aconselhamento técnico agrícola.
Com o lema “as boas parcerias dão boas colheitas”, destaca-se por trabalhar com marcas líderes de mercado, mantendo colaboração com algumas dessas empresas há várias décadas.
A Borrego Leonor & Irmão conta com uma equipa técnico-comercial dedicada ao suporte aos agricultores, assim como uma frota para realizar entregas directamente no campo.
Os maiores constrangimentos ao desenvolvimento da sua actividade são os de índole burocrática e de regulamentação. Os restantes, que são fruto da concorrência e da pressão e flutuação dos preços, ou da dependência das importações, são encarados como normais, sendo resolvidos pela própria empresa.
Actualmente o grupo tem mais de 70 colaboradores que procura reter através de condições salariais mais competitivas face ao praticado no sector e outras regalias, como prémios de desempenho e seguros de saúde.
Outra das abordagens que a empresa tem para reter trabalhadores e atrair outros, é, não só, a flexibilidade laboral, mas também fomentar uma cultura de trabalho saudável, baseada no respeito, transparência e cooperação, por forma a que todos se sintam parte de algo maior.
Foram essas condições que atraíram Mário Manuel Damásio, chefe de secção - Balcão Borrego Leonor Irmão – Zona Industrial de Almeirim, que entrou para a empresa em Agosto de 2020, embora já colaborasse com a mesma aos fins-de-semana e em férias.
Tendo iniciado o seu percurso profissional na área da Engenharia Civil, integrado um gabinete de projectos de engenharia e arquitectura em Santarém e tendo trabalhado, mais tarde, numa empresa na área da simulação tridimensional em tempo real, decidiu, devido a alterações no mercado e por ter familiares na área agrícola, formar-se em Engenharia Agronómica na Escola Superior Agrária de Santarém, tendo acabado por aceitar um convite da administradora, Paula Borrego, para integrar os quadros da Borrego Leonor & Irmão.
Conhecedor do que se passa actualmente no sector agrícola considera injusto que, de um modo geral, se considere que o agricultor não tem preocupações com as premissas que fazem parte do conceito de sustentabilidade da agricultura, nomeadamente práticas agrícolas regenerativas, gestão eficiente da água, uso responsável de fertilizantes e fitofármacos ou a eficiência energética, entre outras.
“Quem melhor que os agricultores para defender e proteger o meio ambiente que é o seu ganha-pão e o consumidor final. O problema é que não existe agenda nem movimentação da sociedade civil para defender outros princípios da sustentabilidade da agricultura, como o da viabilidade económica das explorações e dos nossos agricultores”, refere. E conclui: “somos profundamente injustos do ponto de vista social e económico com a agricultura familiar e com o agricultor”.