A Tecnorém começou num escritório em Ourém e hoje é uma das maiores construtoras do país
Desde 19 de Outubro de 1989 que a Tecnorém é uma das maiores referências do país no sector da construção civil e obras públicas. Com mais de 35 anos de experiência, o Grupo fundado e gerido por Carlos Batista tem uma política de trabalho familiar e uma relação de proximidade com os seus parceiros.
Carlos Batista fundou a Tecnorém há 35 anos, num pequeno escritório em Ourém, depois de uma década a trabalhar numa construtora em Leiria. A experiência que acumulou no sector da construção civil e obras públicas serviu-lhe de motivação para montar um negócio próprio que hoje é referência nacional e desenvolve projectos em todo o país e além-fronteiras. Com mais de 35 anos de experiência, o Grupo fundado e gerido pelo empresário natural de Ourém, tem uma política de trabalho familiar e uma relação de proximidade com os seus parceiros.
A satisfação do cliente, assente numa equipa dinâmica de mais de 800 trabalhadores, tem sido ao longo dos anos o lema da Tecnorém. A expansão constante do grupo nasceu da necessidade de diversificar para não estar dependente de outros e conseguir definir os prazos e as estratégias das obras. “Nós actualmente temos controlo sobre tudo o que fazemos. Se um cliente no Algarve tiver um problema nos seus quadros eléctricos, temos condições para ir lá resolver a questão. Esta nossa política de trabalho permite criar fidelização com os clientes. Temos particulares com quem trabalhamos há mais de 30 anos”, refere Carlos Batista, presidente do conselho de administração do Grupo.
As empresas e marcas que constituem a Tecnorém desenvolvem actividades na área da energia e climatização, engenharia e ambiente, projecto de arquitectura e engenharia, indústria de madeiras, equipamentos na área da saúde, imobiliária, mecânica, equipamentos de hotelaria e soluções de manutenção. A falta de mão-de-obra na área da construção civil é um problema que parece não ter solução para breve. “Não há escolas a formar carpinteiros, electricistas, canalizadores, etc. Nem sequer estão a formar encarregados de obra. A passagem do conhecimento está comprometida. Não sei como será a realidade das construtoras daqui a 10 ou 20 anos”, lamenta.
O Hospital de Sintra, o Supremo Tribunal de Justiça, a Biblioteca de Alcântara ou a Casa das Artes de Miranda do Corvo são algumas das obras que marcam o percurso de 35 anos do Grupo, que este ano deverá alcançar um volume de facturação próximo dos 100 milhões de euros. Com um plano de investimentos a cinco anos, o Grupo Tecnorém também está a investir na área da habitação a custos controlados, com várias construções de raiz, nomeadamente no distrito de Setúbal. “Custa-me ver que há municípios que não apostam na habitação a custos controlados. Estão a perder uma oportunidade única com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, vinca, sublinhando que também estão a avançar com a construção de habitação em Coimbra e Lisboa.
A política de contratação do Grupo é também um dos factores que o diferenciam de outras empresas do sector. Procuram contratar jovens que saiam da faculdade para começarem a sua carreira e integrarem a dinâmica da empresa desde o início. “Os recursos humanos são fundamentais. Preocupo-me muito com o bom ambiente na empresa”, salienta Carlos Batista. A relação com as instituições de ensino é, também por isso, muito próxima e tem tido excelentes resultados. “É uma estratégia. Os alunos vêm fazer estágios de Verão e quando terminam o curso damos a oportunidade de se iniciarem no mercado de trabalho nas nossas empresas”, acrescenta. Carlos Batista explica que todos os anos há um jantar de Natal que reúne todos os funcionários e onde são atribuídas distinções para quem tem muitos anos de casa. O empresário conclui que a proximidade com os recursos humanos, o bom ambiente laboral e uma forte cultura organizacional são a alma do negócio e as principais razões para o Grupo Tecnorém estar na linha da frente na área da construção civil e obras públicas.
Começar do zero e nunca parar de crescer
A Tecnorém é um bom exemplo de uma empresa que começou do zero, com Carlos Batista, e que foi crescendo gradualmente empregando nos dias de hoje mais de 800 pessoas. A sua gestão familiar é, provavelmente, a principal razão do seu sucesso. Carlos Batista partilha o gabinete com a sua esposa e com o seu filho Gonçalo e é daquele espaço que surgem muitas das ideias. Também a filha Magda integra a gestão do Grupo, em empresas ligadas à Saúde.
Carlos Batista é habitualmente o primeiro a chegar e o último a sair das instalações da empresa. Diz que o sucesso, estabilidade e progresso do seu negócio só pode ser alcançado se houver máxima entrega e dedicação. “Tenho necessidade de estar por dentro dos assuntos. Este Grupo é como se fosse um filho meu”, revela. Carlos Batista fez a faculdade, trabalhou uma década numa construtora em Leiria, e decidiu aventurar-se como empresário. Afirma, sem hesitar, não estar arrependido das suas escolhas. Filho de um pai ligado à área da mecânica e de uma mãe trabalhadora doméstica, Carlos Batista continua, aos 70 anos, a querer e, sobretudo, a trabalhar para fazer crescer as suas empresas e contribuir para o desenvolvimento do país.