Simpatia e serviço de qualidade dos alunos da Escola Profissional de Salvaterra de Magos
Mais de uma dezena de alunos do 12º ano dos cursos Técnico de Restaurante-Bar e Técnico de Cozinha e Pastelaria, da Escola Profissional de Salvaterra de Magos, mostraram a qualidade do seu serviço antes de iniciar a cerimónia do Galardão Empresa do Ano de O MIRANTE.
A turma de 12º ano de Técnico de Restaurante-Bar, da Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM), serviu os convidados do Galardão Empresa do Ano de O MIRANTE com pompa e circunstância, com uma variedade de miniaturas “canapés” doces e salgadas confeccionadas pelos colegas de Cozinha e Pastelaria do mesmo ano e harmonizadas com um vinho Terra de Lobos branco. O MIRANTE conversou com o chefe e formador José Branco e alguns alunos em dia de serviço especial.
José Branco, 48 anos, natural de Benfica do Ribatejo, integrou o primeiro curso do sector da restauração promovido pela EPSM em 1994. Foi empresário da restauração e desde 2012 que é formador na EPSM. Por ser uma escola de referência, a EPSM consegue todos os anos preencher as vagas em ambos os cursos, havendo maior interesse pela área de cozinha, que poderá ser explicado pelos programas de televisão e estatuto de alguns chefes, diz José Branco. O responsável destaca o Galardão Empresa do Ano como uma oportunidade para colocar os seus formandos numa situação real de trabalho e em contacto com aqueles que podem vir a ser os seus futuros empregadores. “Um dos aspectos-chave para os cativar é saber que eles não têm de ser toda a vida empregados de mesa ou cozinheiros, mas muitas das vezes através desta área conhecem outras pessoas que os podem catapultar para outras dimensões dentro da hotelaria, restauração, turismo”, afirma. José Branco nota que nos últimos anos não tem havido tantos alunos que enveredaram pela carreira empresarial e que o motivo é a falta de apoios e incentivos.
Alunos têm o futuro garantido
Rúben Cardoso, 18 anos, aluno de Restaurante e Bar, de Samora Correia, diz que “o facto de aprendermos coisas novas é bom porque nunca sabemos o que vamos fazer amanhã e se fizermos de tudo um pouco já estamos preparados para o mercado de trabalho”. Rúben Cardoso tinha como primeira opção, aos 16 anos, ser barbeiro. O curso não abriu e como tinha obrigatoriamente de estar na escola pensou no curso de Comunicação e Marketing da EPSM para o qual não foi a tempo, acabando por escolher Restaurante e Bar. Percebeu que era o que queria quando estagiou na Sala de Corte, a 34ª melhor steakhouse do mundo, no Cais do Sodré. “Se calhar chegar a horas não chegava para eles. Tinha de ser tudo perfeito. O cliente também merecia, pagava para isso. Eu era uma pessoa que nunca ia a horas para as aulas, o curso mudou a minha maneira de ser e estar”, revela. O próximo desafio será o estágio no Restaurante Rocco, no coração de Lisboa. Não se vê longe de casa e acredita que se ficar num bom restaurante fica em Portugal.
Daniel Ferreira, de Cozinha e Pastelaria, vai realizar o seu último estágio em Abril e estagiou no segundo ano do curso no Restaurante Vistas do Monte Rei Golf & Country Club, um restaurante de luxo em Vila Nova de Cacela, no Algarve. Gostaram tanto do seu trabalho que foi contratado para o Verão e realizou casamentos. “A cozinha não é para todos, mas percebi que era o que queria e é mais fácil do que pensava. Agora cumprem-se horários e tenta-se proteger os trabalhadores”, afirma. Actualmente com 17 anos, trabalha como ajudante de padeiro e pasteleiro numa pastelaria aos fins-de-semana e quando não tem aulas de manhã. Se emigrar, será para “fazer cruzeiros”. Defende que participar em eventos como o Galardão Empresa do Ano é importante para estabelecer rede de contactos.