“Gostava de mais bandas locais da região na Semana da Ascensão”

Valter Paulino, gerente da VatecMarques, Carregueira, diz que o seu trabalho é feito principalmente pelo gosto e pelo desafio e não tanto pelo dinheiro.
Do que gosta mais na Chamusca?
Gosto da tranquilidade e da qualidade de vida que nos dá, porque tem muita natureza e não é excessivamente urbanizada. Tem ruído na Estrada Nacional 118 mas considero suportável. Tem também bancos, correios, companhias de seguros, supermercados. Só me preocupa ver tantas lojas desocupadas.
E do que gosta menos?
Do mau cheiro que às vezes abunda no nosso concelho.
Este ano há eleições autárquicas. A que assuntos gostava que os candidatos dessem mais atenção?
À saúde, à acção social e ao tal mau cheiro que já referi. Talvez incentivar mais os profissionais de saúde a instalarem-se no concelho com comparticipações de despesas, alojamento, entre outros com um carácter mais duradouro. Também defendo mais apoios aos lares de idosos principalmente na manutenção dos equipamentos.
Sempre gostou dos festejos da Ascensão?
Sempre gostei da Ascensão. Participo na festa desde muito pequeno. Gosto dos doces que se vendem, principalmente das farturas. Para mim também se trata de uma oportunidade de conviver com a família e com os amigos e verifico que os artesãos locais têm uma oportunidade de expor e vender os seus produtos.
Por vezes fala-se no dinheiro que a câmara municipal gasta na festa. Na sua opinião é dinheiro bem gasto?
É dinheiro bem gasto, dentro do razoável, pois trata-se de uma festa onde as pessoas se divertem e onde há estímulo das actividades económicas. A meu ver acho que deveriam ser alocados à saúde e à acção social do concelho uma percentagem dos lucros obtidos na festa.
Há algum artista em especial ou alguma actividade em particular, que gostasse de ver no programa?
Acho que nos últimos anos têm vindo bons cantores e boas bandas à festa. Recordo-me da festa no ano passado no dia em que veio a Bárbara Tinoco e há uns anos a Áurea. No entanto, gostaria de ver mais actuações de bandas locais da região de Santarém, principalmente de jovens como por exemplo os Los Invictus, uma banda que tem mostrado um futuro promissor.
Como descreveria a sua empresa a quem não a conheça?
É uma empresa muito alicerçada em mim que me dedico à reparação e manutenção de computadores, desde hardware a software, televisores e essencialmente electrónica em geral e micro-soldadura electrónica (com a ajuda de microscópio e equipamento de soldadura de precisão onde trabalho com componentes extremamente pequenos e sensíveis).
O que destaca da sua actividade?
Na área fabril destaco-me na instrumentação e reparação de equipamentos de medida e controle industrial, como por exemplo caldeiras de vapor, máquinas de embalamento, amassadeiras e máquinas de corte, entre outras. Além disso, nos últimos anos, tenho aceite desafios que envolvem uma incrível quantidade de precisão e concentração da minha parte para arranjar equipamentos electrónicos complexos ligados à medicina, higiene e segurança no trabalho, companhias de seguros, municípios, escolas, pecuária, padaria, pastelaria e indústria alimentar de todo o país.
E os clientes particulares?
Dou apoio remoto a pessoas que têm problemas com software, quer seja no âmbito empresarial ou pessoal. Estou próximo das pessoas e sou muito receptivo a escutar os seus problemas. Consigo com esta minha actividade atingir equilíbrio entre a minha vida profissional e familiar. Executo os meus trabalhos na minha oficina que está credenciada para o efeito bem como nas instalações dos meus clientes.
Como foi o seu percurso profissional?
Comecei a minha carreira profissional nas Forças Armadas com a Especialidade de Electricista na Marinha Portuguesa, durante 11 anos, no quadro. Depois fui trabalhar para a Celulose do Caima como instrumentista durante 21 anos. Desde 2020 que trabalho exclusivamente por conta própria.
Gosta do que faz ou gostaria de fazer algo diferente?
Gosto do que faço, principalmente na micro-soldadura electrónica. O meu trabalho é feito principalmente pelo gosto e pelo desafio e não tanto pelo dinheiro que vou ganhar. Sinto grande satisfação quando resolvo os problemas que chegam já sem solução de reparação.
Quer acrescentar algo?
Recentemente fui condecorado pelo Estado Português como Antigo Combatente, o que me deixou muito orgulhoso por ter servido o meu país.