Especiais | 14-06-2025 07:00

Por muitas máquinas que existam é preciso sempre gente na agricultura

Por muitas máquinas que existam é preciso sempre gente na agricultura
ESPECIAL FEIRA DE AGRICULTURA
Miguel Carlos, gerente da Pneusol, empresa dedicada à montagem de pneus em Santarém - foto DR

Miguel Carlos, gerente da Pneusol, lda, empresa dedicada ao comércio e montagem de pneus, na Portela das Padeiras, Santarém, considera que as máquinas não vão substituir a mão-de-obra na agricultura, porque há sempre tarefas que têm de ser feitas pela mão humana.

Sem mão-de-obra estrangeira é possível continuar a fazer agricultura?
Não, nem sem mão-de-obra estrangeira nem sem mão-de-obra nacional. Por muito que a máquina tenda a substituir as pessoas, há muitas coisas na agricultura que só a mão humana pode fazer. Não havendo mão-de-obra nacional disponível em quantidade, então temos que recorrer à estrangeira. Ou deixamos morrer a agricultura nacional?
A Feira Nacional de Agricultura tem sofrido alterações ao longo dos anos e algumas coisas deixaram de ter presença. Lamenta alguma dessas alterações?
Como em tudo na vida há alterações, umas boas outras más, depende do gosto e ponto de vista de cada um, mas por vezes o que deixa de existir deixa saudade e o que surge no seu lugar traz entusiasmo e alegria, pelo menos até dar lugar a outra coisa.
Do que mais gosta e do que menos gosta na Feira de Agricultura?
Gosto muito da nossa Feira de Agricultura, feira que leva o nome da nossa cidade até tão longe e nos traz tanta gente nestes dias. O que menos gosto? A chuva que nos presenteia sempre durante alguns dias de feira.
Quando vai às compras prefere os produtos mais baratos, ou opta pelos portugueses?
Costumo preferir produtos biológicos porque acredito que são mais saudáveis, que os produtos de agricultura de produção intensiva. Sempre que possível opto pelos produtos nacionais. Porque temos produtos de qualidade igual ou superior aos produtos importados e porque entendo que devemos promover a economia nacional comprando o que é nosso.
Concorda que a União Europeia tenha recuado na decisão de reduzir para metade o uso de pesticidas?
Do ponto de vista da saúde acho que é mau. Mas do ponto de vista económico acho que evita a rápida asfixia daqueles que não estão preparados para cumprir as metas, dando-lhes assim uma oportunidade de melhorarem tecnologicamente num período mais dilatado.

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