Vender casa sem recorrer a um profissional pode ser um quebra-cabeças

‘Maria João Varela casas é com ela’, é a publicidade rimada da consultora imobiliária da Remax Vantagem, na Póvoa de Santa Iria. A profissional explica que o seu trabalho não é apenas abrir portas e mostrar casas.
Quais as maiores dificuldades do sector imobiliário?
A maior dificuldade é a instabilidade do mercado por falta de novas construções. Existe grande procura e pouca oferta e isso é um desafio. Colocar um imóvel em venda neste momento é saber que vai ser vendido com uma rapidez alucinante ao melhor preço de mercado, mas também que vamos deixar muitos outros compradores em lista de espera.
O que a motiva?
É nesses desafios que encontro motivação para fazer a diferença e garantir que cada família encontra o lar certo para si.
Quais os maiores constrangimentos ao desenvolvimento da sua actividade?
A principal é a profissão ainda não ser totalmente regulamentada. Outras são: as burocracias existentes por parte das entidades do Estado que dificultam o nosso sector e atrasam o processo de venda.
Qualquer pessoa pode vender casas? É assim?
Muitas vezes ouço dizer: “Para vender ou comprar casa trato eu sozinha”. E é verdade, porque a nossa actividade não está regulamentada por uma legislação própria. Mas, na prática, colocar uma casa em venda nem sempre é tão simples como parece. Entre documentos, prazos, certificações e leis, a forma de apresentar o imóvel no mercado, técnicas de marketing e principalmente obter o valor estratégico de venda, pode ser um processo que rapidamente se transforma num quebra-cabeças.
É por isso melhor ter um profissional presente?
Um consultor imobiliário não serve apenas para abrir portas e mostrar casas. Serve para estabelecer o melhor valor de venda, esclarecer dúvidas, qualificar quem pode comprar a casa, colocar a casa de forma a atrair o maior número de compradores, antecipar problemas e defender os interesses de quem quer vender a sua casa. Serve para dar tranquilidade numa altura em que as pessoas tomam uma das maiores decisões da sua vida.
Qual foi e como foi o seu percurso profissional?
Estou no mercado imobiliário desde 2004. Comecei como coordenadora numa imobiliária, onde estive até 2011, e a vontade de querer fazer parte das grandes decisões na vida das pessoas, que já tinha há muito tempo, fez-me evoluir. A adaptação foi rápida e muito ‘prazerosa’. Não trocava a minha profissão por nenhuma outra.
É necessária formação profissional regular?
A formação neste sector é indispensável, devido às constantes mudanças no mercado. Tenho a sorte de estar numa empresa em que a formação é constante e diria que está como plano principal. O grande objectivo é estarmos sempre bem informados para responder às expectativas dos clientes.
Como encara o futuro da área do imobiliário?
Vejo um futuro promissor. É um sector cheio de oportunidades e quem procura um lar sabe cada vez mais reconhecer o valor de ter um profissional ao lado. Com dedicação, transparência e bom aconselhamento, acredito que a consultoria imobiliária vai continuar a crescer e a fazer a diferença na vida das famílias.