A empresa que nasceu para aproximar os projectos de engenharia das obras

Fundada em 2008 por Pedro Xavier Martins, a Sublimérito nasceu para encurtar a distância entre projecto e obra. Com uma equipa especializada e mais de 30 colaboradores externos, executa projectos em Portugal e no estrangeiro. A empresa aposta no rigor, tecnologia e sustentabilidade. Desde o planeamento de moradias de grandes centros escolares, a Sublimérito mantém-se fiel à qualidade e à execução eficiente.
A história da Sublimérito - Projectos e Consultadoria, Lda confunde-se com a do seu fundador, Pedro Xavier Martins, engenheiro sénior civil licenciado pelo Instituto Superior Técnico. A empresa nasceu em 2008, em Rio Maior, com a missão de encurtar a distância entre os projectos desenhados no papel e a realidade da construção. Quase duas décadas depois, é responsável por dezenas de obras públicas e privadas em Portugal e no estrangeiro, mantendo-se fiel ao princípio que lhe deu origem: garantir que o que se projecta é exequível e que a execução em obra respeita o previsto.
Nascido em Oeiras e criado na Parede, cresceu num ambiente onde a engenharia fazia parte da rotina familiar. A mãe é engenheira civil e o pai engenheiro mecânico. Frequentou a escola dos Salesianos de Manique e ingressou no Instituto Superior Técnico, onde concluiu o curso de Engenharia Civil. Ao longo do percurso profissional passou por gabinetes de projectos e pela Câmara Municipal de Rio Maior. A discrepância do que é feito no projecto, à secretária, e depois em obra foi um dos motes para se lançar por conta própria. A Sublimérito nasceu com a ambição de oferecer um serviço integrado que acompanha todas as fases, desde a concepção, licenciamento, execução, fiscalização e entrega final.
Pedro Xavier Martins começou sozinho, mas rapidamente percebeu que a qualidade exigia equipa e especialização. Hoje a empresa integra engenheiros, arquitectos, desenhadores e administrativos, a que se juntam mais de 30 colaboradores externos de várias áreas, muitos deles ligados à empresa há 16 anos. Essa estrutura permitiu à Sublimérito crescer e assumir projectos de maior escala, passando das primeiras moradias a centros escolares, pavilhões desportivos, lares e edifícios públicos de referência.
A aposta em software é uma das marcas do percurso da empresa. Paralelamente, a aquisição de equipamentos modernos contribuiu para aumentar a capacidade de resposta e a qualidade do trabalho final.
A Sublimérito expandiu a sua actuação muito para além de Rio Maior. Em Portugal é presença assídua em obras entre Leiria e Setúbal, mas já levou a sua assinatura a Ponte da Barca, Lagos e outros pontos do país. No estrangeiro tem projectos em Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Azerbaijão e Cazaquistão. Mas o mercado nacional é o principal foco. “Fiz grandes investimentos lá fora e depois, dependendo das pessoas, algumas não têm palavra. Infelizmente, a nossa sociedade está cada vez mais só a pensar no dinheiro e acho que as coisas não devem ser assim. O dinheiro é uma consequência de um trabalho que nós prestamos”, diz. Para os próximos três a cinco anos, a empresa pretende reforçar a sua presença na região de Lisboa, com maior incidência em empreendimentos imobiliários e centros comerciais. Já foram estabelecidos contactos com as câmaras municipais de Oeiras e de Amadora e, segundo Pedro Xavier Martins, o futuro é promissor.
A Sublimérito factura anualmente entre 600 e 700 mil euros. O caminho que se avizinha passa pela aposta na integração de soluções ambientais e implementação de tecnologias verdes nas moradias, por exemplo, a preços mais acessíveis. Os projectos continuam a ter em atenção a eficiência energética e medidas de autoprotecção. Um dos projectos mais desafiantes da empresa foram os 180 quilómetros de condutas de água no Cazaquistão. Mas em Portugal o projecto recente mais interessante é o da Santa Casa da Misericórdia de Rio Maior. “Todas as pessoas o elogiam. Vermos o antes, que era um edifício antigo, em que os utentes não tinham qualquer tipo de condições, e ver a felicidade deles agora quando estão lá. Entrego a mesma paixão a todos os projectos e os desafios até agora foram todos ultrapassados”, sublinha.
O foco na engenharia com o basquetebol no coração
Além da vertente empresarial, Pedro Xavier Martins, 48 anos, tem uma ligação forte à comunidade e ao desporto. Mede 1 metro e 96 centímetros e foi jogador de basquetebol durante 37 anos. Há mais de duas décadas fundou o clube Rio Maior Basket, do qual é presidente. Uma colectividade que envolve actualmente cerca de 130 jovens e mantém parcerias com a MVP Academy, ligada à NBA. O dirigente orgulha-se do papel formativo do clube, que alia prática desportiva ao sucesso escolar, transmitindo valores como disciplina, perseverança e honestidade.
O engenheiro civil está igualmente ligado à associação Loving the Planet e a iniciativas de sustentabilidade, procurando levar para os projectos da Sublimérito práticas que reduzam impactos ambientais e reforcem a eficiência energética. Com uma veia artística, que vem de infância, Pedro Xavier Martins pensou no logótipo da sua empresa: Dois quadrados, um maior e um mais pequeno, sendo que o mais pequeno está de fora, mas encaixa perfeitamente no de dentro, maior. A imagem representa o diálogo que a Sublimérito tem de ter com os colaboradores e clientes e saber que um bom projecto tem de encaixar e ter a colaboração e perspectiva de todos.
Acompanha as notícias e acredita que existe algo superior ao ser humano, mas defende que a religião devia ser ajudar o próximo e ser boa pessoa. É incapaz de mentir, mas diz que é preciso omitir pormenores dependendo de quem ouve. Ainda assim diz que dá as más notícias sempre, mas de forma simpática. Diz-se teimoso, mas flexível, caso lhe mostrem provas que vale a pena mudar de ideias. Descansa menos do que devia e não vai de férias sem o computador. O seu escape é o clube que dirige, mas já há mais de dois anos que não pratica desporto. Não tem dificuldade em arranjar trabalho e garante estar sempre do lado da solução. Refere ser humilde e de bom trato e considera que a Inteligência Artificial nunca poderá substituir o livre-arbítrio e o bom senso, que são inertes aos humanos. A filha Kyara, de 12 anos, jogadora de basquete, é o seu orgulho.