“As pessoas que admiramos estão muito relacionadas com fases da nossa vida”
A minha terra é Ourém e tenho um carinho especial por esta terra. Já fui muitas vezes convidado a expandir o Grupo e a reposicionar a sede em locais mais estratégicos. Mas sempre fiz questão de me manter ligado às origens.
É cada vez mais complicado sermos atendidos telefonicamente e, por vezes presencialmente, em muitos serviços, sejam públicos ou privados. Já lhe aconteceu?
Sim é um facto que se começa a verificar, infelizmente e, no meu entender, vezes demais. É uma condicionante “normal” dos tempos modernos, pode-se dizer que sim. Mas sou da opinião que uma reunião presencial, é sempre mais esclarecedora e reveladora. As pessoas hoje têm medo de falar, de dar a cara, mas acho seriamente que é uma característica humana que não se devia deixar perder. Acresce a isso, as dificuldades que um público mais idoso tem em recorrer às plataformas digitais.
Quem são as pessoas que mais admira? Pessoas que conhece, ou algumas que não terá oportunidade de cumprimentar?
As pessoas que admiramos estão muito relacionadas com as fases da vida que passamos. Por esse motivo é-me difícil elencar nomes. Apesar de serem família, não posso deixar de referir os meus pais, que são uma referência na minha vida. Mas diria que ao longo da minha vida fui tendo a oportunidade de conhecer e contactar com pessoas que, por algum motivo, fui admirando. Por esse motivo, felizmente, fruto da minha actividade profissional e vivência pessoal, sempre fui tendo a oportunidade de contactar com aqueles que entendia de alguma forma admirar.
Qual considera ser a sua terra; aquela onde se sente realmente bem e à vontade? E é a melhor terra do mundo como dizem algumas pessoas mais “bairristas”?
A minha terra é Ourém. Nascido e criado. Por esse motivo, pode-se dizer que sou um pouco “bairrista” sim. Tenho um carinho especial por esta terra e, na minha função e com o meu Grupo, já fui muitas vezes convidado a expandir, e a reposicionar a nossa sede em locais eventualmente mais estratégicos. No entanto, confesso que sempre fiz questão de me manter ligado às origens, à minha terra, e gosto de manter isso.
Costuma dar mais importância às notícias de proximidade?
Cada notícia tem o seu momento e impacto e até a forma e contexto em que a recebemos condiciona a sua percepção. Pessoalmente, confesso que estou particularmente atento ao que se passa lá fora, ao panorama mundial, à actualidade global. Gosto de ter uma visão alargada dos acontecimentos.
Como descreveria O MIRANTE a quem não conhece o jornal?
É um jornal com características únicas. Procura sempre ir ao cerne das questões locais e nacionais que ali tenham repercussões, mas com uma abordagem muito própria e pragmática na defesa dos interesses do Ribatejo.
Ainda lê o jornal em papel?
Sou daquelas pessoas que ainda gosta de folhear um bom jornal. Com calma, ao início ou, no limite, ao fim do dia. Se bem que na correria de muitos dos dias, é ao digital que corremos para noção do panorama geral.
Alguma vez lhe apeteceu ser jornalista por um dia?
Jornalista na verdadeira acepção da palavra e função, não. Mas diria que no nosso dia-a-dia, temos muitas vezes que ser “jornalistas”, no sentido de obter informação de várias fontes, ouvir as diversas opiniões para tentar agir da forma mais correcta e justa.
Há municípios sem um jornal ou rádio de informação local. Sentiria falta de informação local se vivesse numa região dessas?
Noutros tempos diria que sim, actualmente, com a quantidade de informação que temos ao nosso dispor, diria que não. Nesta era, cada vez mais digital, considero que o jornalismo, a notícia, já consegue alcançar até zonas e temas mais locais e longínquos.
Muita informação chega-nos através das redes sociais. Sabe quem faz, escreve e publica aquelas informações e vídeos?
Por norma, das notícias que possa ler nesses meios, procuro restringir-me àquelas que sejam fidedignas, ou seja, emitidas precisamente pelos canais oficiais das entidades jornalísticas.
É assinante de algum jornal digital, nacional ou regional, ou só acede às notícias que são disponibilizadas gratuitamente?
Sim, mais recentemente do Notícias de Ourém. De resto acabo por ler as notícias que são disponibilizadas gratuitamente.
Consegue utilizar bem as novas tecnologias, nomeadamente as aplicações úteis, através do telemóvel?
Tenho facilidade em utilizar as aplicações que considero necessárias. A maioria é muito intuitiva. Sempre que me deparo com algo diferente, procuro perceber as vantagens e actualizar-me nesse sentido. Por vezes tenho que pedir auxílio no arranque, mas assim que tenho um bocadinho, faço por me inteirar da sua correcta utilização.
O que achou deste inquérito? Estamos a ser muito narcisistas e a comunicação social não é assim tão importante como se faz crer?
A comunicação social é fundamental – é um facto inegável. Os inquéritos são uma ferramenta para a melhoria da nossa prestação. Nesse sentido, considero que são muito importantes. Devemos é analisar sempre a sua oportunidade e evitar recorrer-lhes desmesuradamente, caso contrário, serão desvalorizados.
Qual foi a última notícia que o deixou incrédulo?
O caso do filho com 14 anos que atirou sobre a mãe. Uma situação que acaba por nos fazer pensar sobre a sanidade mental dos jovens nos dias de hoje.


