“Admiro líderes íntegros e empresários que conciliam sucesso com responsabilidade social”
A proximidade torna os acontecimentos mais reais e impactantes. Por vezes fico mais preocupada com um acidente na minha cidade do que com tragédias internacionais.
As pessoas que mais admira são algumas das que conhece e com quem contacta, ou outras a quem, muito provavelmente, nunca vai ter a possibilidade de cumprimentar?
Admiro pessoas que conheço e que me inspiram diariamente, mas também algumas figuras públicas que nunca irei conhecer. Para além da família, admiro líderes pela integridade, professores pelo impacto na vida dos outros e empresários que conciliam sucesso com responsabilidade social.
Qual considera ser a sua terra; aquela onde se sente realmente bem e à vontade?
Considero “a minha terra” aquela onde cresci e onde tenho as minhas raízes familiares e afectivas. Nasci em Lisboa e cresci numa aldeia aqui perto de Santarém (Casais da Aroeira). É em Santarém que me sinto à vontade, onde conheço as pessoas e tradições.
Costuma dar mais atenção às notícias locais do que às de locais longínquos?
Sim, acontece. A proximidade torna os acontecimentos mais reais e impactantes. Por vezes fico mais preocupada com um acidente na minha cidade do que com tragédias internacionais.
É cada vez mais complicado sermos atendidos telefonicamente e, por vezes presencialmente, em muitos serviços, sejam públicos ou privados. Já lhe aconteceu?
Acontece-me todos os dias. Às vezes gera frustração, mas tento aceitar que a digitalização trouxe mudanças no atendimento. No entanto, penso que nunca se deve perder a proximidade e o contacto humano.
Como descreveria O MIRANTE a alguém de outra região que nunca tivesse contactado com o jornal?
O MIRANTE é um jornal regional de referência, que aproxima as comunidades através de informação rigorosa e actual sobre o que acontece localmente, mas também com uma visão crítica e independente.
Ainda lê o jornal em papel?
Leio em papel e leio a edição digital. O papel tem um valor especial, mais pausado e reflexivo, enquanto o digital traz rapidez e actualidade.
Sabe ou imagina quantas pessoas trabalham nas empresas que editam O MIRANTE em papel e online todos os dias?
Imagino que sejam algumas dezenas de pessoas, entre jornalistas, editores, fotógrafos e técnicos. É um trabalho invisível para muitos, mas essencial para que o jornal chegue a todos os leitores.
Como acha que se sentiria, num local sem acesso a informação local?
Sentiria falta dela. A informação local dá voz à comunidade, acompanha o que acontece à nossa volta e permite que os cidadãos participem de forma mais consciente.
Alguma vez lhe apeteceu ser jornalista por um dia?
Nunca me apeteceu ser jornalista, nem mesmo por um dia. Desde muito nova que comecei a trabalhar nesta minha área e não me vejo noutra.
Qual foi a última notícia que a deixou incrédula?
Fico incrédula com as notícias dos conflitos armados em pleno séc. XXI que continuam a causar tanto sofrimento humano.
Muita informação chega-nos através das redes sociais. Sabe quem faz, escreve e publica aquelas informações e vídeos?
Muitas vezes não sabemos quem está por detrás das publicações. Isso torna necessário ter espírito crítico, para distinguir informação credível da não credível.
É assinante de algum jornal digital?
Sou assinante regular e acompanho as notícias gratuitas online. Reconheço a importância de apoiar o jornalismo através de assinaturas.
Consegue utilizar bem as novas tecnologias, nomeadamente as aplicações úteis, através do telemóvel?
Utilizo sobretudo as aplicações mais comuns e úteis no dia-a-dia. Reconheço que ainda tenho muito a aprender nesse campo.
O que é que achou deste inquérito? Acha que estamos a ser muito narcisistas e que a comunicação social não é assim tão importante como se faz crer?
Achei o inquérito interessante. Não o vejo como narcisismo, mas como uma reflexão sobre o papel da comunicação social, que continua a ser fundamental.
O que gostaria de acrescentar?
Quero apenas reforçar que a informação local é essencial para dar identidade às comunidades e que o jornalismo regional tem um papel insubstituível na coesão social.


