Especiais | 22-11-2025 17:00

“A comunicação social pode ter um papel fundamental na literacia em saúde e no combate à desinformação nesta área”

“A comunicação social pode ter um papel fundamental na literacia em saúde e no combate à desinformação nesta área”
38 ANOS DE O MIRANTE
Casimiro Ramos, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo - foto O MIRANTE

Uma notícia que me deixou verdadeiramente incrédulo foi a de que Donald Trump ia ser presidente do país mais poderoso do mundo. A partir daí, cada nova notícia vinda dele parece inacreditável, mas deixei de me surpreender.

Gostava de desafiar os meios de comunicação regionais a olharem, também, para as boas notícias - aquelas que inspiram, que mostram o que se faz bem e que nos devolvem esperança. Talvez até através de um suplemento ou de uma secção dedicada a “notícias que nos fazem bem”. A informação negativa é necessária, mas não pode ser a única. É importante dar visibilidade às histórias que unem comunidades, valorizam pessoas e mostram soluções.
A comunicação social pode ter um papel fundamental na literacia em saúde e no combate à desinformação nesta área. Uma notícia correcta e bem explicada sobre saúde pode mudar comportamentos, salvar vidas e fortalecer a confiança das pessoas nas instituições e nos profissionais.
Um órgão de comunicação local é muito mais do que um meio informativo: é um agente social que movimenta pessoas, instituições e ideias. Dá voz a profissionais, associações, empresas, autarcas e cidadãos. Além disso, ajuda a afirmar a cultura e a identidade de uma região. Um concelho sem imprensa local não é apenas um “deserto de notícias” - é um órfão da informação.
Descreveria O MIRANTE como um guia indispensável para conhecer a actualidade da região e os protagonistas que nela têm responsabilidades. É também um jornal atento ao quotidiano, às pequenas e grandes questões que afectam a vida das populações. Diria a quem não o conhece que o acompanhe com regularidade, porque cada edição traz sempre algo novo e diferente.
Leio as notícias online, mas continuo a ler o jornal em papel. A leitura em papel tem um efeito de concentração diferente — ajuda-nos a reter melhor as notícias, talvez pela força da memória visual. E depois há o “cheiro” do jornal… nenhuma leitura digital substitui essa sensação.
Não sei, nem me interessa saber, quem faz e publica as informações das redes sociais. Na verdade, não sigo as notícias pelas redes sociais. Prefiro informar-me através dos órgãos de comunicação social. Mas tenho que ser selectivo porque a oferta é enorme e, muitas vezes, repetitiva. Há muita informação redundante, o que acaba por ser excessivo.
Achei este inquérito de O MIRANTE muito interessante e uma boa forma de recolher opiniões que podem contribuir para renovar e melhorar o projecto. A importância da comunicação social não vem do que tenta fazer crer, mas do reconhecimento que a sociedade lhe dá. É tão marcante que muitas vezes nem percebemos o quanto os nossos comportamentos e opiniões são moldados pelas notícias que recebemos todos os dias, por diferentes meios.
A última notícia que me deixou verdadeiramente incrédulo foi a de que Donald Trump ia ser presidente do país mais poderoso do mundo. A partir daí, cada nova notícia vinda dele parece inacreditável - mas como já nos habituámos, deixámos de nos surpreender.
Já tive oportunidade de desempenhar o papel de jornalista, de forma mais ou menos directa, há alguns anos. Foi um desafio intenso e, confesso, alucinante, mas também muito estimulante. Não foi em O MIRANTE, cuja redacção já tive o privilégio de visitar e conhecer a maioria dos profissionais. A todos deixo um cumprimento especial, com respeito e admiração pelo trabalho que realizam diariamente.
A minha terra é onde nasci e cresci — Arruda dos Vinhos. No entanto, também me sinto muito bem nas terras onde vivi e trabalhei, e onde criei laços fortes com as pessoas e com a comunidade. No fundo, essas terras também são um pouco minhas.
Já me aconteceu enfrentar dificuldades para ser atendido telefonicamente. E desespero quando isso acontece. Desespero também quando recebo reclamações sobre situações semelhantes nos serviços pelos quais sou responsável. Se isso é o reflexo da “evolução” do mundo, é legítimo perguntar: para onde estamos a caminhar? Não me conformo. Todos os dias procuro evitar ou minimizar essas falhas, que considero uma forma de desrespeito pelo cliente ou pelo utente.
Utilizo bem as novas tecnologias - o telemóvel e as aplicações já são quase uma extensão do meu corpo e da minha mente, como acontece com tantos de nós. Talvez, infelizmente, porque essa dependência acabará, mais cedo ou mais tarde, por ter consequências.
Admiro pessoas em todos os contextos: as que conheço e com quem convivo, e também aquelas que nunca terei oportunidade de encontrar. Admiro as pessoas simples que, apesar das dificuldades, continuam a lutar por dias melhores. Admiro quem trabalha longas noites para garantir o bem-estar dos outros — especialmente quem o faz em prol da saúde de todos nós. Recordo com respeito e gratidão algumas chefias e mentores que marcaram a minha vida e que já não estão entre nós. E admiro também figuras históricas, como D. João II, que considero o maior estadista português de sempre.

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