Especiais | 22-11-2025 11:00

“Todos os dias há notícias que me deixam admirada, quase sempre pela negativa”

“Todos os dias há notícias que me deixam admirada, quase sempre pela negativa”
38 ANOS DE O MIRANTE
Sónia Sanfona, presidente da Câmara Municipal de Alpiarça - foto O MIRANTE

Em geral, por razões que se prendem com o exercício do meu cargo, tendo a dar mais atenção ao que se passa no meu concelho e na minha região. Mas mantenho sempre atenção às notícias do país e do mundo.

Qual considera ser a sua terra; aquela onde se sente realmente bem e à vontade?
Tenho a sorte de aquela que considero ser a minha terra, e onde me sinto realmente bem e à vontade, ser simultaneamente a terra onde nasci, onde vivo e onde trabalho. É em Alpiarça que estão as minhas raízes, onde está a minha família, onde me identifico com as pessoas, onde as conheço e me conhecem. É onde encontro a tranquilidade de uma vida no campo com acesso a todas as coisas que considero essenciais ao meu bem-estar e felicidade.
Quais são as pessoas que mais admira, para além dos seus familiares?
Admiro pessoas que dedicam a sua vida a servir os outros, que revelam um espírito solidário raro, sobretudo nos dias de hoje; admiro pessoas que tiveram problemas na vida e conseguiram, com esforço, trabalho e resiliência, dar a volta aos problemas; admiro pessoas que foram assoladas por doenças graves e que lutaram com galhardia, mesmo quando sucumbiram; admiro pessoas que, com a quarta classe, sonharam uma vida melhor e criaram, com trabalho e engenho os seus negócios e puderam garantir para si e para as suas famílias uma vida que parecia apenas uma miragem. É claro que também admiro algumas pessoas que dificilmente poderei alguma vez cumprimentar.
Como descreveria O MIRANTE a alguém que nunca tivesse contactado com o jornal?
Um órgão de comunicação social regional que é um fiel intérprete do pulsar de uma região. Um jornal que congrega uma equipa de profissionais que privilegia a promoção da região, apresentando com profissionalismo as notícias relevantes para as pessoas que aqui vivem, trabalham ou investem, numa relação de proximidade com os agentes e parceiros regionais que constroem esta região diariamente. A existência de um jornal regional com estas características é fundamental para a promoção deste território e para valorizar e afirmar este chão comum que partilhamos.
Ainda lê o jornal em papel?
Raramente. Normalmente fico-me pela leitura da edição digital, mas recorro à versão em papel sempre que há um artigo, uma notícia ou um trabalho mais detalhado na edição em papel.
Costuma dar mais importância às notícias de proximidade?
Sim. Em geral, por razões que se prendem com o exercício do meu cargo, tendo a dar mais atenção ao que se passa no meu concelho e na minha região. Mas mantenho sempre atenção às notícias do meu país e do mundo.
Muita informação chega-nos através das redes sociais Sabe quem faz, escreve e publica aquelas informações e vídeos?
Alguma dessa informação tem os autores identificados, outra não. De todo o modo é uma informação frágil, do ponto de vista da sua credibilidade, já que as redes sociais são hoje um espaço de exercício de comportamentos muito pouco éticos e que visam propósitos pouco transparentes.
É assinante de algum jornal digital, nacional ou regional, ou só acede às notícias que são disponibilizadas gratuitamente?
Só acedo às que são disponibilizadas gratuitamente. Não sou assinante de nenhum jornal digital.
É cada vez mais complicado sermos atendidos telefonicamente e, por vezes, presencialmente, em muitos serviços públicos ou privados. Já lhe aconteceu?
Sim… a quem não aconteceu. Desesperei, mas acabei por aceitar. Não tive opção!
Consegue utilizar bem as novas tecnologias, nomeadamente as aplicações úteis, através do telemóvel?
Algumas. Procuro actualizar-me, mas há ainda uma longa margem para melhorar.
O que achou deste inquérito? Acha que estamos a ser muito narcisistas e que a comunicação social não é assim tão importante como se faz crer?
A comunicação social é um elemento determinante na informação, que por sua vez é um pilar fundamental da liberdade e de outros valores civilizacionais que as sociedades democráticas prezam. A questão é como a colocamos ao serviço destes valores e não à perversão dos mesmos, através da manipulação, da falta de rigor e transparência e das agendas escondidas. Uma comunicação social rigorosa ajuda a construir sociedades mais livres e mais prósperas. Uma comunicação social opaca, parcial e manipuladora ajuda, e de que maneira, a destruir estas sociedades.
Qual foi a última notícia que a deixou incrédula?
Quase todos os dias há notícias que me deixam admirada, quase sempre pela negativa, infelizmente. O mundo está complicado!
O que gostaria de acrescentar?
Apenas formular votos de congratulação a O MIRANTE, neste 38º aniversário e desejar que continue a apostar no jornalismo de proximidade com o foco na região, na sua promoção e no seu desenvolvimento.

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