“Fiquei incrédulo com notícias sobre decisões políticas recentes que tiveram impacto negativo na vida das pessoas”
O que mais me faz admirar alguém é a capacidade de ser coerente com os seus valores, de não desistir perante os desafios e de contribuir, de alguma forma, para tornar o mundo um pouco melhor.
Acontece consigo dar mais atenção a notícias de proximidade?
Sim, é verdade que normalmente damos mais atenção às notícias que estão mais próximas de nós, tanto geográfica como emocionalmente. Isso acontece porque aquilo que acontece “perto” parece mais real e pode ter maior impacto na nossa vida. Penso que todos nós sentimos empatia mais facilmente por pessoas e lugares que conhecemos.
Qual considera ser a sua terra; aquela onde se sente realmente bem e à vontade?
Considero-me um cidadão do mundo, gosto de viajar e já vivi fora de Portugal. Mas, nada como o meu país. E depois a minha terra, claro, o meu Entroncamento. É o lugar onde cresci, onde tenho as minhas raízes e onde me sinto verdadeiramente em casa. Aqui conheço as pessoas, os locais e há sempre um sentimento de proximidade e pertença.
Quais são as pessoas que mais admira?
Admiro tanto pessoas que conheço pessoalmente como outras que, provavelmente, nunca terei oportunidade de conhecer. Entre as que fazem parte do meu dia a dia, admiro quem é trabalhador, honesto e consegue manter uma atitude positiva, mesmo nas dificuldades. Mas também admiro algumas figuras públicas, como pessoas que se destacam pela sua dedicação a causas sociais, culturais ou ambientais. Gosto de quem usa a sua influência para inspirar e ajudar os outros. No fundo, o que mais me faz admirar alguém é a capacidade de ser coerente com os seus valores, de não desistir perante os desafios e de contribuir, de alguma forma, para tornar o mundo um pouco melhor.
Como descreveria O MIRANTE a alguém que nunca tivesse contactado com o jornal?
Descreveria O MIRANTE como um jornal regional de grande qualidade, que está muito atento à realidade do território. É um meio de comunicação que dá voz à região, mostrando as notícias, as histórias, os acontecimentos, os desafios e os sucessos de quem vive e trabalha aqui.
Ainda lê o jornal em papel?
Sim, ainda gosto de ler o jornal em papel, embora também acompanhe as notícias na edição digital e nas redes sociais. É especial folhear o jornal impresso, sentir o papel e ver as notícias organizadas de forma diferente das redes sociais. Mas reconheço que a versão digital é mais prática e rápida, principalmente para quem quer estar sempre actualizado. Por isso, uso o papel para quando quero ler com tempo, e o digital para acompanhar as novidades do dia-a-dia.
Há mais de 60 municípios sem um jornal ou rádio de informação local. Acha que sentiria falta de informação local, se vivesse numa região dessas?
Sim, acho que sentiria falta. A informação local é o que nos liga ao local onde vivemos, uma vez que nos ajuda a saber o que acontece na nossa terra e a sentir que fazemos parte da comunidade. Sem ela, seria difícil saber o que se passa à nossa volta.
Muita informação chega-nos através das redes sociais. Sabe quem faz, escreve e publica aquelas informações e vídeos?
Na maioria das vezes não sei exactamente quem faz, escreve ou publica as informações e vídeos que vejo nas redes sociais. Por isso, procuro confirmar as notícias em fontes mais seguras, como jornais, rádios ou sites oficiais.
É assinante de algum jornal digital, nacional ou regional, ou só acede às notícias que são disponibilizadas gratuitamente?
Sim, sou assinante de um jornal digital, porque gosto de acompanhar as notícias com mais detalhe e ter acesso a conteúdos confiáveis sempre que preciso.
É cada vez mais complicado sermos atendidos telefonicamente e, por vezes presencialmente, em muitos serviços públicos ou privados. Já lhe aconteceu? E desesperou, ou aceitou como fazendo parte da evolução normal do mundo?
Sim, já me aconteceu e, por vezes, é frustrante. Mas aceitei como parte da evolução normal, com cada vez mais serviços a funcionar online e menos atendimento presencial.
Consegue utilizar bem as novas tecnologias, nomeadamente as aplicações úteis através do telemóvel?
Sim, consigo usar bem as novas tecnologias e aplicações no telemóvel. São muito úteis no dia a dia e sinto-me à vontade a utilizá-las.
O que é que achou deste inquérito? Estamos a ser muito narcisistas e a comunicação social não é assim tão importante como se faz crer?
Acho que este inquérito nos faz reflectir sobre como consumimos informação e sobre a importância da comunicação social na nossa vida. Não creio que estejam a ser narcisistas, uma vez que a comunicação social é, de facto, importante, mantém-nos informados sobre o que acontece à nossa volta e no mundo. É uma forma de conhecermos diferentes perspectivas e de estarmos mais conscientes enquanto cidadãos.
Alguma vez lhe apeteceu ser jornalista por um dia?
Não, nunca quis ser jornalista. Embora ache a profissão interessante e importante, contar notícias e investigar histórias diariamente não é algo que me atraia. Prefiro acompanhar e aprender com o trabalho dos jornalistas do que exercê-lo eu próprio.
Qual foi a última notícia que o deixou incrédulo?
Sem querer especificar, posso dizer que algumas notícias sobre algumas decisões políticas recentes que tiveram um impacto negativo na vida das pessoas. Hoje, enquanto presidente de câmara, são assuntos que acompanho de perto, porque mostram como certas medidas podem afectar directamente a comunidade e reforçam a importância de tomar decisões ponderadas.
Sabe ou imagina quantas pessoas trabalham nas empresas que editam O MIRANTE em papel e online todos os dias?
Acredito que devem ser muitas as pessoas envolvidas na edição em papel e online de O MIRANTE, e que o número provavelmente é bastante significativo, tendo em conta o trabalho desenvolvido, uma boa cobertura regional, a qualidade das reportagens, a presença digital e a impressão regular. Esse conjunto exige uma boa estrutura de profissionais.
O que gostaria de acrescentar?
Apenas felicitar O MIRANTE pelo 38.º aniversário. Ao longo de todos estes anos, o jornal tem sido um verdadeiro farol de informação e proximidade com a comunidade, mostrando com rigor e dedicação o que se passa na nossa região. Que continuem a crescer e a inspirar leitores, mantendo sempre a excelência que os distingue. Muitos parabéns a toda a equipa!.


