Especiais | 25-11-2025 13:00

“As notícias que mais me deixam incrédulo são as que envolvem a morte de jovens”

“As notícias que mais me deixam incrédulo são as que envolvem a morte de jovens”
38 ANOS DE O MIRANTE
Nuno Mira, presidente da Câmara Municipal da Chamusca - foto DR

Nas redes sociais procuro seguir apenas órgãos de comunicação social credíveis. Evito conteúdos de origem duvidosa porque considero importante garantir a fiabilidade das notícias que leio.

Acontece-lhe dar mais atenção à notícia de uma pessoa atropelada na sua rua, do que a um acidente com dezenas de pessoas num país longínquo?
De uma forma geral, tendemos a sentir mais empatia e interesse por acontecimentos que nos são próximos, seja geograficamente ou emocionalmente. Uma notícia sobre alguém atropelado na nossa rua desperta maior atenção porque conseguimos imaginar melhor a situação, identificamo-nos com o local e sentimos que poderia ter acontecido connosco ou com alguém que conhecemos.
Qual considera ser a sua terra; aquela onde se sente realmente bem e à vontade? É a melhor terra do mundo?
A minha terra é, e será sempre, a Chamusca. É o lugar onde nasci, cresci e onde sempre quis viver. Sinto-me verdadeiramente em casa aqui, entre as pessoas, as tradições e as paisagens que me são familiares. Para mim é naturalmente a melhor terra do mundo, não por ser perfeita, mas porque faz parte de quem sou. Acredito que pode sempre melhorar, e vou trabalhar para que isso aconteça.
Quem são as pessoas que mais admira?
São, em grande parte, aquelas com quem tenho contacto directo. Valorizo quem, no dia-a-dia, demonstra integridade, dedicação e sentido de serviço à comunidade. Ainda assim, também admiro várias figuras nacionais e internacionais que se destacaram pela sua intervenção na política e na defesa dos direitos humanos.
Há alguma que queira destacar?
Se tivesse de destacar uma pessoa em particular, mencionaria o ex-presidente Sérgio Carrinho. Sempre que tive oportunidade de conversar com ele impressionou-me pela paciência, disponibilidade e amabilidade. Foi uma figura que marcou profundamente o concelho da Chamusca, não apenas pelas infraestruturas que ajudou a concretizar, mas sobretudo pelo legado imaterial que deixou, a forma empática, respeitosa e próxima com que tratava todos os habitantes do concelho.
Como descreveria O MIRANTE a alguém de outra região que nunca tivesse contactado com o jornal?
Descreveria O MIRANTE como um jornal regional de proximidade, nascido no concelho da Chamusca, que se dedica a informar e dar voz às comunidades da região. É um meio de comunicação que valoriza as pessoas, as tradições e as realidades locais.
Ainda lê o jornal em papel?
Sim, ainda leio o jornal em papel. Apesar de acompanhar as edições digitais e as redes sociais, continuo a preferir o formato físico, tanto nos jornais como nos livros. Gosto da experiência de folhear e do contacto directo com o papel.
Sentiria falta de informação local se vivesse num local sem um jornal ou rádio de informação local?
Sim, sentiria falta da informação local. Sempre considerei fundamental estar a par do que acontece na região onde vivo. A informação local aproxima as pessoas, dá visibilidade ao trabalho das instituições e ajuda a compreender melhor a realidade do território.
Muita informação chega-nos através das redes sociais. Sabe quem faz, escreve e publica aquelas informações e vídeos?
Nas redes sociais procuro seguir apenas órgãos de comunicação social credíveis. Por isso sei quem produz, escreve e publica a informação que consumo. Evito conteúdos de origem duvidosa, porque considero importante garantir a fiabilidade das notícias que leio.
É assinante de algum jornal digital, nacional ou regional, ou só acede às notícias que são disponibilizadas gratuitamente?
Sim, sou assinante do jornal O MIRANTE.
É cada vez mais complicado sermos atendidos telefonicamente e, por vezes, presencialmente, em muitos serviços, sejam públicos ou privados. Já lhe aconteceu?
Nunca me aconteceu, felizmente. No entanto, considero que qualquer serviço, público ou privado, deve garantir um atendimento de qualidade.
Consegue utilizar bem as novas tecnologias, nomeadamente as aplicações úteis, através do telemóvel?
Sim, utilizo muito bem as novas tecnologias e as diversas aplicações disponíveis no telemóvel, tal como grande parte da minha geração. Considero-as ferramentas úteis que facilitam o dia-a-dia e tornam muitos processos mais rápidos e acessíveis.
O que é que achou deste inquérito? Acha que estamos a ser muito narcisistas e que a comunicação social não é assim tão importante como se faz crer?
A comunicação social tem um papel fundamental na defesa da democracia e na formação de uma sociedade informada e participativa. E é essencial na divulgação e valorização dos territórios, dando voz às comunidades e aproximando as pessoas da realidade local.
Alguma vez lhe apeteceu ser jornalista por um dia?
Nunca me ocorreu, embora reconheça que deve ser uma profissão desafiante e muito interessante.
Qual foi a última notícia que o deixou incrédulo?
As notícias que mais me deixam incrédulo são as que envolvem a morte de jovens. A vida é o bem mais precioso que o ser humano possui, e é sempre difícil compreender quando se parte tão cedo.
O que gostaria de acrescentar?
Gostaria de felicitar o jornal O MIRANTE pelo seu aniversário e pelo trabalho de proximidade que tem desenvolvido ao longo dos anos.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias