Politécnico de Santarém estabelece protocolo com Governo para formação de professores

Governo tem 27,2 milhões para dar a instituições que formem mais professores. Politécnico de Santarém assinou protocolo com ministério da Educação.
O ministério da Educação celebrou protocolos com instituições de ensino superior para formar mais 9.677 professores até 2030, comprometendo-se a pagar o custo integral de cada aluno. O Instituto Politécnico de Santarém é a única instituição de ensino da região ribatejana contemplada até ao momento. O Governo disponibilizou 27,2 milhões de euros para celebrar contratos com universidades e politécnicos que queiram formar professores até 2029-2030. Celebrou os primeiros 11 contratos-programa, mas não esgotou toda a verba que ainda existe para novos acordos.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, celebrou contratos com as Universidades do Algarve, Lisboa, Nova de Lisboa, Trás-os-Montes e Alto Douro, e com os Institutos Politécnicos de Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém e Setúbal para a formação inicial de professores. Estas instituições deverão disponibilizar 9.677 vagas até ao ano lectivo de 2029-2030: 4.349 em licenciaturas e 5.238 em mestrados. Do lado do ministério havia já a promessa de “rever as condições de financiamento”, um anúncio que se traduziu num "aumento de 20% de vagas apenas com a palavra de que seria revisto o financiamento”, recordou o ministro Fernando Alexandre, durante a cerimónia de assinatura dos protocolos, no Teatro Thalia, em Lisboa.
A prioridade de formação era para as instituições localizadas nas zonas do país onde as escolas têm mais dificuldades em contratar professores, ou seja, Lisboa, Setúbal, Algarve e Alentejo. Mas a tutela decidiu alargar os protocolos: “face às respostas que deram ao pedido do ministério, achámos que era importante mostrar que essas instituições também seriam compensadas”. O ministro lembrou que "as instituições perdem dinheiro por cada professor que formam”, mas os novos protocolos reforçam as verbas atribuídas por cada aluno, garantindo às universidade e politécnicos que “não vão ter défice nenhum pela formação de professores, quer na formação básica quer nos mestrados”. Os 11 contratos-programa preveem uma majoração de 20% do financiamento por aluno diplomado em mestrados em áreas prioritárias, 20% em mestrados e 10% em licenciaturas em educação básica, segundo os dados apresentados.