Educação | 06-12-2025 15:00

Ministro anuncia em Santarém plano para dotar todas as escolas do 1.º ciclo com bibliotecas

Ministro anuncia em Santarém plano para dotar todas as escolas do 1.º ciclo com bibliotecas

Criação de bibliotecas será acompanhada por outras iniciativas para melhorar a qualidade do sistema educativo, incluindo simplificação dos processos administrativos, reforço da ligação entre escolas e autarquias e uma maior utilização do digital.

O ministro da Educação anunciou em Santarém um plano para garantir bibliotecas em todas as escolas do 1.º ciclo até 2027, depois de revelar que cerca de 90 mil alunos não têm acesso a este equipamento, situação que considerou “chocante”. “Temos 1.487 escolas do 1.º ciclo sem biblioteca, o que significa que 25% dos alunos – cerca de 90 mil crianças – não têm acesso a livros”, afirmou o governante, durante a sessão “Ler os resultados das provas ModA – Implicações para a aprendizagem da Leitura”, organizada pelo Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação no Centro Nacional de Exposições, em Santarém.
Fernando Alexandre sublinhou que este dado é “inaceitável” num país que “nas últimas décadas investiu tanto na educação” e anunciou um investimento superior a três milhões de euros para resolver metade do problema já em 2026, com a colaboração do Banco de Portugal. “Vamos garantir bibliotecas em 434 escolas, beneficiando cerca de 50 mil crianças. Em 2027, completaremos a segunda fase, para que todas as escolas tenham biblioteca”, disse. O ministro explicou que a prioridade será dada às escolas com maior número de alunos e que nunca tiveram biblioteca, incluindo 30 agrupamentos onde “não existe uma única biblioteca”.
“Como é que alguém pode desenvolver o gosto pela leitura se nem sequer tem livros por perto?”, questionou, lembrando que muitas destas escolas estão em zonas socioeconomicamente desfavorecidas, onde também é raro existir uma biblioteca em casa. “Temos 25% dos alunos com níveis muito baixos de fluência leitora, o que lhes vai causar dificuldades em todas as aprendizagens futuras”, alertou Fernando Alexandre, defendendo que “a igualdade de oportunidades começa pelo acesso aos livros”.

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