Joaquim Semeano, 48 anos, é um rosto conhecido na pequena aldeia da Barrosa, concelho de Benavente, onde cresceu. Depois de uma carreira de 25 anos no Jornal Record acabou por ser "dispensado". Não alimenta muitas esperanças em regressar ao jornalismo que na sua opinião vive uma "crise de credibilidade". Pensa em regressar à Barrosa para desenvolver um projecto de agricultura biológica e ter mais qualidade de vida. Em Outubro de 2012, Joaquim Semeano recebeu uma notícia que já esperava. "Fui avisado que a empresa queria prescindir dos meus serviços e a partir daí negociei a minha saída. Foi uma rescisão amigável", explica. Nos últimos anos ocupava o cargo de editor, mas depois de ver todos os colegas mais velhos com quem aprendeu a serem dispensados não alimentava grandes expectativas. "Os lugares ou são deixados vagos sobrecarregando outros profissionais ou são preenchidos por estagiários que muitas vezes trabalham a custo zero. É impossível manter o mesmo nível de qualidade", refere. Esta é uma das razões que leva, na sua opinião, o jornalismo a atravessar uma "crise de credibilidade junto dos leitores que cada vez mais tem um opinião negativa sobre a informação produzida, o que coloca em causa a própria democracia". * Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.
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