Entrevista | 06-07-2016 16:02

Filipe Madeira

Filipe Madeira
AGORA FALO EU

Web designer, 30 anos, Santarém

Ainda vale a pena tirar um curso universitário?
Sim, claro. Pelas oportunidades que se abrem, seja a nível nacional ou internacional mas também pelo espírito académico, as festas, os jantares… Tive a sorte de estudar em Coimbra e ali o espírito académico é enorme!
Somos um povo que não se sabe governar a si próprio?
Ao longo da nossa história já conseguimos provar que sim e que não. Esperemos que a tendência seja sempre mais sim do que não. Temos o sol, o bom espírito português que sabe fazer tudo. Se aliarmos tudo isto a uma boa governabilidade, o sucesso será garantido. Espero eu.
Já pensou tornar-se vegetariano?
Não, nunca! Principalmente por causa do bacon. Ser vegetariano é impensável. Ainda por cima não sou grande comedor de vegetais, o que tornaria a dieta complicada. Uma boa costeleta de novilho nunca pode ser compensada com alface e couve.
E é capaz de trocar o carro pela bicicleta?
Sou demasiado comodista para fazer tal coisa. Bicicleta só para desporto, nomeadamente BTT. Para o trabalho necessito do carro e não conseguiria fazer o que tenho a fazer usando a bicicleta.
No Verão prefere caracóis ou amêijoas para petiscar?
Amêijoa é sinal de praia. E de preferência Amêijoa à Bulhão Pato, a acompanhar com cerveja ou bom vinho branco fresco. Mas os caracóis também são bem-vindos!
De que objecto pessoal não se consegue separar?
Do telemóvel. Já voltei muitas vezes atrás só para ir buscar o telemóvel. Tornou-se, com tudo o que tem de bom e de mau, um objecto indispensável. Houve alguém que disse que desde que inventaram o telemóvel, acabaram-se as férias em condições e é verdade. Pelo menos para mim.
Lembra-se da última vez que escreveu uma carta à mão?
Não faço a mínima ideia. Sou adepto do e-mail e do SMS. É muito mais prático. A ideia de uma carta romântica escrita à mão não me seduz de todo. Ainda por cima tenho uma letra horrível.
Costuma aproveitar as promoções das grandes superfícies comerciais?
Sim, por uma questão económica. Maioritariamente as compras são efectuadas em comércio local mas por vezes os preços das grandes superfícies são muito convidativos e, podendo poupar, é uma boa forma de o fazer.
De quem é a culpa da crise que estamos a atravessar?
É muito difícil apontar culpados, pois é uma questão global, mas sem sombra de dúvida que alguns culpados foram os que gastaram o que não tinham. Isso inclui a classe política devido a decisões tomadas.
Já lhe bateram à porta a pedir comida?
Nunca me aconteceu. Não sei se consigo projectar o que aconteceria. Dependeria da situação. Mas preocupa-me o facto de haver muitos portugueses, até mesmo vizinhos ou conhecidos que não podem ter uma refeição decente.
No Verão prefere praia ou campo? Porquê?
Praia, pois é das poucas alturas que posso aproveitar a praia. O campo mais facilmente se aproveita durante todo o ano, deixando assim a praia para as férias de Verão.
Concorda que casais homossexuais possam adoptar crianças?
Sim, sem dúvida. Além duma questão de igualdade, será a melhor forma de algumas crianças terem uma família em vez de centros de acolhimento, por exemplo. Uma família com dois pais do mesmo sexo é tão válida como outra qualquer.
Qual o melhor programa para um dia de chuva?
Ficar em casa a ver televisão é suficiente para mim. E cozinhar. Preparar uma boa refeição e partilhar com amigos e família. Não deixa de ser um bom programa também para quando não chove.
As redes sociais afastam-nos ou aproximam-nos dos outros?
Tendem a aproximar as pessoas, apesar de ser uma forma de aproximação muito superficial. Não existe ligação melhor que amigos e família à volta de uma mesa. Atrás de um ecrã não conseguimos o mesmo tipo de interacção. As pessoas tendem a disfarçar acções com Likes e os Comments. E além de que atrás dos ecrãs as pessoas tendem a ser mais revoltadas com os outros e tendem a mostrar as suas opiniões de uma forma muito vincada, que provavelmente não o fariam presencialmente…

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