Modo como escola formata os jovens estraga a criatividade
Ricardo Formigo está a começar o seu percurso universitário e arriscou publicar agora a sua primeira história.
A criatividade é fundamental para a aprendizagem mas a forma formatada como a escola funciona limita essa criatividade. Antes de ter bons alunos a escola devia preocupar-se em ter alunos criativos, com capacidade e espírito crítico. A opinião é de Ricardo Formigo, 18 anos, natural e residente em Trancoso, São João dos Montes, concelho de Vila Franca de Xira, que lançou recentemente o seu primeiro livro.
"A escola deve preocupar-se em ter alunos criativos. Hoje em dia é tudo muito formatado, é a velha metáfora do macaco e do peixe. São animais diferentes mas se o professor lhes disser que a avaliação passa por ambos subirem a uma árvore, é óbvio que um deles não vai conseguir. Era preciso estimular e perceber o que cada um tem de melhor", defende a O MIRANTE.
Ricardo é um rapaz que gosta de ler e escrever numa idade em que, por norma, os jovens são mais facilmente atraídos pelo imediatismo da televisão, jogos e das redes sociais. "Os jovens não estão desligados da leitura, mas ainda há algum receio, algum estigma, se algum for visto a ir a uma biblioteca. O receio de ser um nerd (cromo). Para mim é essencial que fossem criadas aulas de escrita criativa nas escolas. Em qualquer emprego ou curso as pessoas têm de aprender a escrever e saber comunicar. Era uma excelente aposta. Até para acabar com esse preconceito de que os jovens não fazem nada", nota.
* Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.