Entrevista | 01-07-2019 18:00

“A qualidade de vida não serve de muito se não houver empregos para os jovens”

“A qualidade de vida não serve de muito se não houver empregos para os jovens”
TRÊS DIMENSÕES

João Martinho Cláudio é veterinário na Clínica São Francisco de Assis em Santarém.

Em criança ajudei o meu avô a vender melão e melancia. Isso acontecia nas férias escolares. Passava-as com os meu avós na Chamusca e era o tempo daquela fruta. Ele vendia na rua. No tempo de escola vivia com os meus pais em Santarém. Vivíamos junto ao Presídio Militar e eu brincava na rua até tarde com os meus amigos.

Os animais são uma paixão especial. Desde muito novo que costumava ir para a clínica veterinária do meu pai depois das aulas. Na altura, gostava de ajudá-lo no tratamento dos animais e a organizar os produtos. Na hora de decidir o meu curso escolhi Medicina Veterinária.

Fui para a natação para acabar com a minha fobia à água. Quando era pequeno caí dentro de uma piscina de um alojamento rural e fiquei traumatizado. Os meus pais decidiram colocar-me na natação aos cinco anos de idade para aprender a nadar e deixar de ter aquele medo.

Frequento o ginásio para manter uma boa forma física. Aos fins-de-semana costumo jogar futebol ou realizar uma partida de padel com os amigos. Na juventude pratiquei natação algum tempo. Mais tarde mudei para o rugby e depois para o karaté e o futebol.

O rugby traz boas memórias. Pratiquei vários desportos, mas o meu favorito foi, sem dúvida, o rugby. Não só aprendi a trabalhar em equipa como me ensinou a ser disciplinado. Foi uma grande escola de vida.

Adoro a carne picada com tomatada que a minha mãe faz. Sou apreciador da comida típica, mas também gosto de experimentar outros paladares. Estou cada vez mais a descartar a carne da minha alimentação mas não consigo resistir a certos pratos.

A tauromaquia é um negócio e daqui a uns anos vai acabar. Já fui a touradas mas neste momento não sou aficionado. Não concordo com os que dizem que o toiro não sente dor quando é espetado com uma bandarilha.

Santarém tem que fazer regressar os jovens que daqui saíram. A maioria dos que vão estudar para outras cidades não volta e isso é mau. Não interessa ter infra-estruturas e qualidade de vida se não houver uma zona industrial desenvolvida e postos de trabalho bem remunerados para os jovens.

Há pessoas que têm animais em casa mas que não lhes colocam o “chip”. É uma forma de desresponsabilização. Depois surge a situação dos animais abandonados que tanto dá que fazer à sociedade. É por isso que defendo que se devia investir mais na sensibilização dos mais novos nas escolas. É ali que está a solução para o problema.

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