Entrevista | 19-03-2020 11:09

“Não podemos esconder o aterro e fingir que o problema não existe”

“Não podemos esconder o aterro e fingir que o problema não existe”

Silvino Lúcio quer ser presidente da Câmara de Azambuja e acredita que a polémica em volta do contestado aterro para deposição de resíduos não o vai atrapalhar.

O presidente da concelhia do PS de Azambuja e actual vereador na câmara municipal, Silvino Lúcio, anunciou que será candidato à presidência da Câmara de Azambuja nas próximas eleições autárquicas em 2021. A novidade foi deixada na sexta-feira, 6 de Março, durante a tomada de posse dos novos dirigentes da concelhia socialista.

O militante socialista, de 61 anos, que já em 2017 tentou ser candidato à presidência do município e acabou por ser afastado pela estrutura regional do PS do topo da lista, reconhece que foi sob a liderança do actual presidente de câmara, Luís de Sousa (PS), que Azambuja se tornou um “concelho com solidez económica e financeira” movido por uma “estratégia de gestão rigorosa, responsável e criteriosa que levou à redução gradual da dívida do município”.

Aproveitando a presença do presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, não abdicou de mandar recados para o Governo de António Costa. Começou pela tauromaquia, dizendo não compreender o “castigo através do IVA nas actividades tauromáquicas” e pediu que não fosse o “Partido Socialista a tentar acabar com uma tradição que também é de Azambuja”.

Quanto ao aterro de resíduos industriais não perigosos que tem sido causa fracturante entre as forças políticas em Azambuja, Silvino Lúcio admitiu que esse equipamento “não cumpre com as regras mais básicas”, onde o amianto é misturado com resíduos orgânicos. Lembrou o “cheiro nauseabundo e as aves aos milhares”, sem esquecer que o projecto inicial de 4,6 hectares não foi respeitado, ocupando agora uma extensão de mais de 20 hectares.
Silvino Lúcio defendeu que “o Governo não pode de forma nenhuma compactuar com este atentado à vida” e que deve fazer esforços para que a licença ambiental que caduca em 2021 não seja renovada.

Silvino Lúcio antecipou um novo ciclo socialista no concelho de Azambuja pautado pela “união, trabalho e empenhamento”, lembrando que no passado “foi assim com João Benavente, Joaquim Ramos, Luís de Sousa e terá de ser assim com o próximo candidato”.

Na noite da tomada de posse que decorreu com o auditório repleto no Páteo do Valverde, em Azambuja, Silvino Lúcio deu ainda resposta às questões de O MIRANTE, onde promete uma liderança forte dentro de um PS coeso que não se assusta com o agitar das bandeiras do PSD.

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