“Bairrismo que divide Samora e Benavente tem de acabar”

Entrou na política aos 40 anos, num concelho que diz estar parado no tempo por uma gestão demasiado poupadinha.
Florbela Parracho é vereadora do PS na Câmara de Benavente e nesta entrevista deixa cair o filtro do politicamente correcto para falar do ambiente azedo que se vive na concelhia socialista e dos excessos do seu camarada de vereação.
Florbela Parracho ajudou o PS a ter um dos melhores resultados de sempre no concelho de Benavente nas últimas eleições autárquicas, mas diz-se desapontada com o rumo que o partido tomou. É o seu primeiro mandato como vereadora, ao lado de um camarada de bancada com o qual não se identifica na forma de fazer política. Na conversa, que decorreu no Parque Ribeirinho de Samora Correia, por ser “o único local aprazível” na cidade onde sempre viveu, falou do pai que foi inspiração para a sua entrada na política, das guerrilhas internas de um PS partido em cacos, dos problemas do concelho e da gestão CDU que diz sofrer de um medo desmedido de endividamento que tem atrasado o desenvolvimento do concelho.
O que a levou a entrar na política aos 40 anos?
Quando cheguei à faixa dos 40 com um filho pequeno e olhei para este concelho, sem lhe ver nenhuma mudança, quis fazê-la acontecer. Sou socialista desde que nasci, filha de um socialista que sempre lutou por este concelho e embora lhe tenha dito muitas vezes que nunca me ia meter nisto aqui estou eu sem saber qual será o meu futuro, mas com vontade de fazer mais.
Foi acusada de ser imatura e politicamente inexperiente pelo seu próprio colega de bancada. Já puseram uma pedra sobre o assunto e voltaram a trabalhar juntos ou ainda é cada um por si?
Aprendemos a lidar um com o outro e tentamos trabalhar em conjunto. Temos formas diferentes de fazer política. Para mim a política é um exercício sério e quando falo tenho de ter certezas. O Pedro Pereira não, tudo o que ouve dizer repete e perde muito com isso.
Notícia desenvolvida na edição em papel de O MIRANTE já nas bancas
