Sair do Médio Tejo neste momento não é assunto
Carlos Miranda está no seu primeiro mandato como presidente da Câmara da Sertã, concelho beirão que integra a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Elogia os autarcas ribatejanos com quem trabalha em conjunto, diz-se entusiasta dos projectos intermunicipais e considera que a perda de população é um cancro que mina o mundo rural. Uma entrevista por ocasião de mais um Festival do Maranho, iguaria local recentemente certificada pela União Europeia.
Está há menos de um ano como presidente de câmara. Como tem sido a relação com os autarcas mais experientes que integram a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo?
A relação tem sido óptima. Não conhecia muito bem alguns dos autarcas mas ao longo deste tempo temos aprofundado o relacionamento, quer do ponto de vista institucional quer do ponto de vista pessoal. Devo dizer que o Médio Tejo tem um excelente conjunto de autarcas, tem um excelente grupo de trabalho e as relações pessoais também têm sido excepcionais.
Há algum autarca com quem tenha uma relação mais próxima?
Não, há um autarca ou outro que conhecia há mais tempo, só isso…
A Sertã está bem na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, maioritariamente composta por municípios ribatejanos?
Neste momento a Sertã está bem e eu tive ocasião de o dizer quando tomei posse. Quando fui questionado sobre se a Sertã iria permanecer no Médio Tejo, disse que esse era um não assunto neste momento. O comboio está em andamento e, como disse, o grupo de trabalho é muito bom e a comunidade funciona muito bem.
Neste momento é um não assunto. E no futuro?
No futuro, em função de reorganizações territoriais que se vierem a fazer, poderemos ter que reconsiderar a nossa posição.
Está a falar, por exemplo, do processo em curso que projecta a criação de uma nova unidade territorial do Vale do Tejo e Oeste, envolvendo os concelhos das comunidades intermunicipais do Médio Tejo, Lezíria do Tejo e Oeste? Será essa a altura para reflectir sobre essa ligação?
Sim, será a altura para discutir a nossa presença noMédio Tejo em função dessa reorganização territorial. Neste momento temos o quadro comunitário Portugal 2020 para fechar, temos o PRR a dar os primeiros passos e temos o novo quadro comunitário 2030, que vai começar a ser operacionalizado em breve. Por isso é que disse que o comboio está em andamento e num andamento acelerado. Mas há momentos na história em que as posições têm que ser repensadas e discutidas. Penso que se efectivamente se avançar para esse tipo de reorganização, com a criação de uma nova NUT II, vamos ter que discutir internamente a posição da Sertã.
*Leia a entrevista compelta na edição semanal em papel desta quinta-feira, 7 de Julho