Entrevista | 28-06-2023 21:00

Massimo Esposito

Massimo Esposito
Massimo Esposito

Artista plástico e professor de pintura, Atelier do Massimo, Abrantes

Tem a profissão que gostaria de ter e qual é a actividade preferida?
Sim, com certeza. Pintor, artista e professor de pintura além de criar eventos culturais. A minha actividade preferida é criar, neste caso desenhar ou pintar, algo que antes não existia e a que vou “dar à luz”.
A guerra na Ucrânia causa-lhe alguma preocupação ou vive o seu dia-a-dia sem se preocupar muito com isso?
Preocupa-me o sofrimento da população desinteressada nesta guerra inútil e cruel, mas acredito que isto faz parte deste sistema de coisas onde o Homem acha que sabe governar.
Este ano que passou foi um bom ano para si? O que espera de 2023?
O 2022 foi bom, trabalhei quanto baste, tive alguns privilégios a nível cultural, como ter sido curador por seis meses na Galeria de Abrantes Quartel. Realizei algumas obras que expus e vendi. Depois fui de férias para o sul de Itália. 2023 está a ir bem.
É adepto das redes sociais? Qual é a sua opinião em relação às redes sociais, acha que afasta ou aproxima as pessoas?
Uso as redes sociais para trabalhar. Mais de 50% do meu trabalho é gerado no Facebook e Telegram, mas com certeza pode ser uma maneira de nos afastarmos da realidade e das pessoas físicas. Ainda gosto de tomar uns copos com os amigos.
Alguma vez pensou escrever um livro? E se escrevesse um seria sobre que assunto?
Já escrevi um livro à minha custa, com ilustrações minhas e que fala de um caso muito “intrigante” que acontece a um pintor. O título é: “Miss Dea”.
Qual foi a sua maior extravagância?
A escolha em viver da arte, mas foi acertada.
Como gostaria de ser recordado?
Como um operário do pincel porque gosto de conhecer muitas técnicas e sabê-las ensinar aos outros.
Já foi vítima de alguma burla? O que fez?
Burla mesmo não, mas alguns “amigos” já me enganaram.
Concorda com os que dizem que o homem inventou as cidades para se proteger da natureza?
Não! Acho que o homem gosta da natureza, aconteceu por motivos de sobrevivência e depois piorou no último século.
Já lhe aconteceu segurar uma porta para alguém passar e a pessoa nem olhar para si nem lhe agradecer?
Sim já me aconteceu, mas continuo a gostar de abrir a porta para alguém passar. Se não agradecem não faz mal, coitados.
Quais as qualidades que mais aprecia numa pessoa?
Dignidade e respeito.
Qual a promessa que fez a si próprio mais vezes no início de cada ano e que vai continuar a fazer porque ainda não conseguiu cumpri-la?
Continuar a amar a Deus, a minha esposa e a quem está perto de mim como os amigos e alunos. E até agora cumpri. Espero continuar.
Sente-se livre?
Liberdade é uma palavra grande, mas sim, sinto-me confortável com as minhas escolhas e vida pessoal.
O que seria para si uma tragédia?
As maiores tragédias para mim seria perder a minha esposa ou a minha fé.
Como é um dia bem passado?
Os melhores dias são os passados a pintar no ateliê com boa música, a viajar ou estar em família e com amigos.
Alguma vez sentiu orgulho em ser cidadão europeu?
Temos de ter orgulho de ter nascido. O que somos não depende de onde nascemos, mas como vamos viver a nossa vida.
Deposita dinheiro em contas de solidariedade quando os números das mesmas são divulgados?
Não deposito dinheiro em contas de solidariedade porque já vi muitas falcatruas com esse tipo de situações. Prefiro ajudar pessoalmente.
Com que idade é que acha que se vai reformar?
Um artista não se reforma e é melhor não falar da idade da reforma, não é?
Lê as notícias em jornais ou prefere a internet?
Leio na internet e sou assinante de O MIRANTE porque assim posso ter uma visão mais abrangente.
Em quantas localidades viveu até agora desde que nasceu?
Já vivi na Índia, Marrocos, Suíça, França, Malásia, Indonésia, Brasil… Já estive em mais de 40 países e cada um tem a sua originalidade, pontos de interesse e maneiras de pintar e com cores diferentes. Foram quase sempre boas experiências.

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