Especiais | 16-11-2023 10:00

É um privilégio ser cidadã activa e livre neste Portugal democrático

É um privilégio ser cidadã activa e livre neste Portugal democrático
36 ANOS DE O MIRANTE
Teresa Almeida, 69 anos, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, I.P.

Dou sempre nota máxima à classe política pelo respeito que tenho por quem exerce funções em prol da democracia, ao serviço dos cidadãos.

O MIRANTE, como qualquer outro órgão de comunicação social, tem que estar registado e os seus responsáveis identificados. E tem que cumprir leis, nomeadamente a lei de imprensa. Deve continuar assim ou os jornais devem ter maior liberdade?

Qualquer instituição com actividade regulada tem sempre de cumprir a Lei num exercício permanente de transmitir as notícias e opiniões com liberdade.

Há cada vez mais pessoas que optam por ser informadas através do que lhes chega pelas redes sociais. É o seu caso?

Como cidadã, recorro a todos os meios ao meu alcance para me manter informada fazendo a devida ponderação crítica sobre a origem da informação recebida.

A informação devia ser toda gratuita e de acesso livre?

O acesso à informação deve ser o mais amplo possível, não ignorando que as leis do mercado e a formação dos preços têm a sua história e são fundamentais para a sobrevivência do universo jornalístico.

Há muitos jornais em dificuldades, alguns dos quais de âmbito nacional e outros que já deixaram de se editar, nomeadamente regionais. É algo que a preocupe?

Deveremos pugnar para que os cidadãos procurem manter hábitos de leitura, reconhecendo o papel fundamental que os jornais asseguram nesse campo. Nomeadamente fora dos grandes centros urbanos deve haver uma maior preocupação no sentido de garantir que a informação que releva para a sua região possa chegar a toda a comunidade a fim de que, quando a mesma é chamada a participar em actos eleitorais, por exemplo, o possa fazer com o máximo de conhecimento e informação possível.

Consegue explicar, com um ou dois exemplos, como acha que seria a sua vida, a nível pessoal e profissional, num país não democrático?

O exercício da livre reunião e livre manifestação seriam, seguramente, formas de cercear a afirmação de direitos fundamentais que temos como adquiridos nesta democracia prestes a comemorar 50 anos.

O que foi para si o 25 de Abril de 1974?

Sendo uma jovem com cerca de 20 anos na data fundamental do 25 de Abril de 1974, lembro a alegria e a energia com que “o povo saiu à rua” gritando LIBERDADE!

A Inteligência Artificial está presente, cada vez mais, na nossa vida? Está confortável com o que se está a passar?

A evolução científica e tecnológica é uma constante que nos transporta para desafios de incorporação de novas formas de estar e de viver, pessoal e profissionalmente, que vejo como natural.

As alterações climáticas são uma realidade ou há muito exagero no que é apresentado? Vale a pena alterarmos alguns comportamentos?

As alterações climáticas estão a acontecer, não são para menosprezar e devemos preparar-nos para novos hábitos e formas de conduta que minimizem os seus efeitos, quer social quer individualmente.

Na Constituição da República estão inscritos os direitos e os deveres dos cidadãos. É capaz de indicar dois ou três dos nossos deveres constitucionais?

A integridade moral e física das pessoas é inviolável. Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações.

Qual foi o último texto que leu em O MIRANTE de que gostou mais?

A notícia de que o Ministério da Administração Interna pretende investir 10 milhões de euros nas forças de segurança da região reconhecendo assim quem actua no exercício do garante dos direitos fundamentais do cidadão.

Se tivesse que classificar a classe política que vai festejar os 50 anos do 25 de Abril na Assembleia da Republica que pontuação lhe dava de 1 a 10?

Dou sempre nota máxima à classe política pelo respeito que tenho por quem exerce funções em prol da democracia, ao serviço dos cidadãos.

O que é que não lhe perguntamos que gostava de responder?

Gostava de transmitir o privilégio que sinto por ser cidadã activa e livre neste Portugal democrático.

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