Ter uma “Escola Feliz” é o objectivo do Agrupamento de Alcanena

Ana Cláudia Cohen aposta no bem estar da sua comunidade escolar

Ana Cláudia Cohen, directora do Agrupamento de Escolas de Alcanena, traça os objectivos para o ano lectivo de 2022/2023 que assentam no projecto “Escola Feliz”.

No dia em que o Agrupamento de Escolas de Alcanena realizou a recepção oficial aos professores, foram anunciados vários projectos que prometem marcar o ano lectivo 2022/2023 no concelho de Alcanena. Ana Cláudia Cohen, directora do agrupamento, afirma que a aposta vai continuar a ser na recuperação das aprendizagens, com especial ênfase no desenvolvimento das competências socio-emocionais.
Em declarações a O MIRANTE, a directora anuncia o início de um novo projecto, designado pela comunidade escolar de “Escola Feliz”, que envolve inteligência artificial. Através desse método vai ser possível realizar um diagnóstico sobre o estado emocional das pessoas e, a partir daí, desenhar planos de intervenção adequados dependendo das diferentes realidades. O projecto, acrescenta, vai ser participado por toda a comunidade educativa.
A responsável sublinha ainda a intenção de continuar a desenvolver o projecto “Bee”. O logótipo de uma abelha e vários favos de mel elucidam sobre o conceito; o primeiro ciclo vai começar a trabalhar por oficinas onde desenvolvem a escrita em português, o trabalho em grupo e de cooperação e actividades científicas. Ou seja, os favos de mel representam um conjunto de temáticas, sendo que os alunos são a abelha. Os estudantes vão trabalhar em ambiente escolar e exterior a ele, com o apoio de professores e técnicos, sempre enquadrados na perspectiva do “real”. “É uma outra forma de abordar o currículo. Depois do sucesso do projecto em Alcanena e Minde, vamos desenvolvê-lo no resto das aldeias. É importante que os alunos conheçam as suas aldeias e o seu património”, refere.
A área das ciências vai continuar a ser um dos focos principais do agrupamento. Todas as turmas vão estar no Centro de Ciência Viva do Alviela para desempenhar o papel de cientistas. Este ano estreia o “Minilab” com alunos a partir dos três anos.
Neste ano lectivo todos os alunos do 5º ao 12º ano já trabalham com manuais digitais. Ana Claudia Cohen recorda ainda que o ano passado foi criado um conselho consultivo para a comunidade escolar poder trabalhar com o tecido empresarial do concelho. Nessas reuniões conversa-se sobre a oferta educativa, a importância dos cursos profissionais e o que a escola pode fazer para contribuir com estratégias para o desenvolvimento da região. “A escola tem de se adaptar e oferecer mão de obra para ajudar no desenvolvimento do concelho de Alcanena e da região ribatejana”, vinca.

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