Abrantes respira história e cultura e o melhor do nosso passado
O Tejo, a albufeira de Castelo do Bode, o azeite e o novo Museu Ibérico de Arte e Arqueologia são alguns do pontos turísticos.
Em Abrantes pode desfrutar-se de dois dos maiores recursos hídricos do país: o rio Tejo e a albufeira de Castelo do Bode, nascida no leito do rio Zêzere.
Junto ao Tejo existe o ParqueTejo que, para além das valências de campismo e caravanismo, é também um espaço interpretativo do rio com actividades científicas ligadas à água e ao ambiente.
Na Albufeira de Castelo do Bode o visitante é convidado a refrescar-se nas praias fluviais, em Fontes e em Aldeia do Mato, e a aventurar-se no cable park praticando wakeboard ou percorrer a Grande Rota do Zêzere.
A doçaria de Abrantes é composta pelas tigeladas, broas fervidas, castanhas doces, mulatos e a famosíssima Palha de Abrantes, de origem conventual. O concelho oferece, a nível da restauração, um rico cardápio resultante das influências ribeirinhas e das províncias com as quais faz fronteira. Da ementa destacam-se os pratos típicos de peixe do rio e de caça, confeccionados de gerações em gerações e que têm por base os produtos da terra.
Um dos mais relevantes é o azeite, indústria secular neste concelho, inclusivamente com várias marcas de referência, múltiplas vezes premiadas. Realce inquestionável para a história da fileira do azeite em Portugal é a monumental Oliveira do Mouchão, na freguesia de Mouriscas, com os seus 3.350 anos de existência. Esta árvore, certificada como a mais antiga de Portugal, é testemunha silenciosa de Fenícios aventureiros, de Celtiberos e de Romanos que se deliciaram com o seu azeite.
Inaugurado em Dezembro do ano passado o Museu Ibérico de Arte e Arqueologia de Abrantes, que resultou da requalificação do Convento de S. Domingos através de um projecto do arquitecto Carrilho da Graça, é a mais recente novidade disponível para visitar do vasto conjunto patrimonial de Abrantes.
Reúne cerca de cinco mil as peças recolhidas no que foi o antigo território da Lusitânia e que fazem parte das colecções da Fundação Estrada, das quais 537 estão seleccionadas para exposição pública ao nível de ourivesaria ibérica, armaria e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, além de colecções de numismática, arquitectura romana, medieval e moderna, relógios de várias épocas e uma exposição de arqueologia e história local.
Abrantes respira história. No seu castelo/fortaleza, um dos elementos importantes de arquitectura militar, pode observar-se a rara panorâmica de 360º sobre a charneca e visitar o Panteão dos Almeidas, instalado na Igreja de Santa Maria do Castelo.
Vale a pena conhecer também o núcleo religioso do centro histórico através das Igrejas de São João Baptista (séc. XIV), Igreja da Misericórdia e de São Vicente (séc. XVI), o Quartel de Arte Contemporânea de Abrantes – Colecção Figueiredo Ribeiro, bem como o Parque do Alto de Santo António, no jardim de esculturas em ferro ao ar livre. Na freguesia de Tramagal existe o Museu Metalúrgica Duarte Ferreira.