Especial Turismo | 22-07-2022 16:01

Passear na Albufeira e visitar a Casa dos Patudos em Alpiarça

Uma das salas da Casa Museu dos Patudos em Alpiarça considerado um dos museus municipais mais importantes do país
Uma das salas da Casa Museu dos Patudos em Alpiarça considerado um dos museus municipais mais importantes do país - FOTO ARQUIVO

José Relvas, que proclamou a República a 5 de Outubro de 1910, deixou os seus bens à terra onde nasceu. O museu municipal é considerado o mais importante do país.

Em Alpiarça há locais como a zona envolvente à Albufeira dos Patudos que fazem parte de qualquer roteiro de um turista. Aí se situam as estações arqueológicas, o Parque de Campismo, a Reserva Natural do Cavalo do Sorraia, o Paul da Gouxa, o Complexo das Piscinas Municipais e diversos equipamentos desportivos e de lazer. O plano de água da albufeira é um local ideal para a pesca e palco de regulares provas de triatlo e canoagem. Mas o ex-libris do concelho é a Casa-Museu dos Patudos, antiga residência do dirigente político republicano José Relvas (que legou todo o seu património ao município). Ali se encontra um dos mais importantes e valiosos conjuntos de colecções de pintura, escultura, porcelanas e tapeçarias do país.
Para além de político com lugar na história por ter proclamado a República a 5 de Outubro de 1910 José Relvas foi diplomata, estadista, lavrador, coleccionador de arte e músico amador. Ocupou-se da gestão das propriedades da família a partir de 1882. Tinha apenas 23 anos. O nome da Quinta dos Patudos deve-se ao facto de existirem, naquela zona, muitos patos. A Casa dos Patudos, da autoria do arquitecto Raul Lino, é o seu primeiro exemplar de uma nova linguagem de Arquitectura Conceptual. Apropriada de referências nacionais afirma-se com um certo despojamento decorativo exterior, mas esplendorosa e funcional nos seus espaços interiores, com um mobiliário criado também pelo referido arquitecto.
Inaugurada como Museu, em 15 de Maio de 1960, a Casa dos Patudos possui uma rica e vasta colecção de arte composta por pintura, escultura e artes decorativas. Ali podem ser vistos quadros de Silva Porto, José Malhoa, Columbano Bordalo Pinheiro e Constantino Fernandes, além de notáveis artistas de escolas estrangeiras. Podem, ainda ser apreciadas porcelanas de Sèvres e de Saxe, azulejaria, peças da Companhia das Índias, cerâmicas da Fábrica das Caldas da Rainha (Rafael Bordalo Pinheiro), Rato, Bica do Sapato e Vista Alegre (primitiva) e bronzes de Chapu, de Mercié e de Frémiet.
A Casa dos Patudos conserva um Centro de Documentação que integra um arquivo documental produzido por quatro gerações da família Relvas, constituído por mais de 100 mil documentos; um arquivo fotográfico com cerca de 5 mil fotografias e colecções (postais, menus, recortes de jornais, programas culturais e catálogos de exposições), além de uma biblioteca com cerca de 7 mil volumes e mais de 15 mil publicações periódicas.

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