O gerente do Restaurante O Corticeiro, um dos mais emblemáticos da Chamusca, é da mesma opinião da maioria dos habitantes daquela vila ribatejana, quando diz que o dia mais animado das festas da Semana da Ascensão, é precisamente a quinta-feira, quando acontece a entrada de toiros, pela rua principal, um troço da Estrada Nacional 118, que dentro da localidade ganha o nome de Rua Direita de S. Pedro.
Luís Vieira não vai ver a entrada dos animais e da festa pouco mais verá que os clientes que aparecem no restaurante. A função dele nos festejos é preparar tudo para que a diversão de quem participa se prolongue à mesa, de preferência em animado convívio.
Na quinta-feira de Ascensão, no tal momento que ele elege como o principal do programa, o trânsito é cortado. Mas para a maioria dos automobilistas da região, aquele corte anunciado não é problema. O problema é a falta da alternativa que existiria se já tivesse sido construído o troço do IC3 entre a Barquinha e Almeirim, que para além de criar uma nova travessia do rio Tejo, passado à reforma a centenária ponte que liga a Chamusca à Golegã, desviaria o trânsito do centro da vila
Luís Vieira compreende a importância da obra mas é pragmático relativamente às consequências. “A construção do troço do IC3 seria prejudicial, uma vez que a vila deixaria de ter a maior parte da afluência que tem agora, retirando assim clientes ao nosso comércio”.
E o gerente do restaurante O Corticeiro não fala apenas da semana da Ascensão mas de todo o ano, até porque a festa pode gerar mais clientes mas nada a que ele não consiga dar resposta com os meios de que dispõe habitualmente.
“Apesar de haver mais pessoas nessa semana, tentamos fazer tudo da mesma maneira, com o máximo de cuidado e profissionalismo possível. Mantemos os mesmos horários e as pessoas que trabalham connosco dão bem conta do recado.”, explica.
Apesar de considerar que não se verificaram alterações significativas na Chamusca, Luís Vieira nota que foram alcatroadas algumas ruas e que a limpeza das ruas é mais cuidada. O que lamenta mesmo é não ter havido desenvolvimento industrial e de comércio. “Sinto que a Chamusca está um bocadinho morta”, sublinha.
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