Especiais | 05-05-2022 13:00

Caminhar contra a Obesidade por uma vida mais saudável

Cristina Gonçalves*

A obesidade define-se como uma patologia em que o excesso de gordura corporal acumulada afeta a saúde.

No próximo dia 21 de maio assinala-se o Dia Nacional de Luta contra a Obesidade. É uma efeméride que a muitos passará despercebida, mas constitui um ótimo pretexto para refletirmos sobre esta doença crónica que, de acordo com um estudo efetuado pela Faculdade de Medicina de Lisboa, em 2018, afeta 68% da população portuguesa.
A obesidade define-se como uma patologia em que o excesso de gordura corporal acumulada afeta a saúde. É avaliada com recurso ao cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que se obtém dividindo o peso pelo quadrado da altura. Valores superiores a 30 significam obesidade e valores entre 25 e 29.9 correspondem a excesso de peso.
As consequências desta doença vão muito para além do aspeto estético e do seu impacto na autoestima, que se concretiza em isolamento social, limitações para acompanhar os filhos nas suas atividades, entre outros. Muito importantes são, também, as várias comorbilidades, das quais a diabetes é a mais significativa, mas onde se incluem muitas outras, como as doenças cardíacas, apneia do sono, doença renal crónica, depressão e a demência. Verifica-se igualmente um risco acrescido de neoplasias, incluindo o cancro da mama, do pâncreas, do esófago e leucemia.
As causas da obesidade incluem fatores genéticos, ambientais, comportamentais e endócrinos. De um modo muito simples, a obesidade surge quando o valor energético do que comemos é mais do que o valor energético que gastamos levando à acumulação excessiva de gordura no corpo. O tratamento desta doença passa, pois, obrigatoriamente por mudanças nos hábitos de vida, de alimentação e de exercício.
A Unidade de Diabetes e Obesidade do CHMT – Centro Hospitalar do Médio Tejo disponibiliza um programa de tratamento à doença que envolve as vertentes médica, nutricional e psicológica. As intervenções são individualizadas tendo em conta a capacidade intelectual e física, o estilo de vida, o ambiente familiar e social de cada doente. É reforçada a importância da modificação do estilo de vida, não só no que se refere à alimentação, mas também à atividade física que constitui um pilar fundamental do tratamento da obesidade.

  • Centro Hospitalar do Médio Tejo, Assistente Graduada Sénior de Medicina Interna, Unidade de Diabetes e Obesidade.

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