Na área que me diz respeito, a saúde, foi novamente nomeada a ministra que, por casmurrice, não associou o sector privado e o público durante a pandemia de Covid, o que, com a falta de material e de recursos humanos, provocou a morte evitável de muitos portugueses.
Lamentavelmente o Governo está limitado à vida citadina e parlamentar, que permite uma vida regalada, aos senhores deputados e governantes, mas impede que tenham contacto com o país real, o que limita a constatação da pobreza e péssima qualidade de habitação e alimentação de muitíssimos portugueses.
Querem acabar com as receitas manuais, em papel, rentáveis para o Estado, o que impede que nas consultas domiciliárias os medicamentos sejam comparticipados, penalizando os doentes.
Há que fazer reformas, recuperar o Serviço Nacional de Saúde, criado pelo socialista Dr. António Arnaut, melhorado por um social-democrata, Dr. Paulo Macedo, que permitiu completar as falhas do SNS com a Medicina Privada, ao facilitar que as prescrições em consultórios privados tivessem a mesma comparticipação que as prescritas no SNS.
Cabe-me apenas, já no terço final da carreira constatar a penúria de Médicos de Família que grassa em todo o país, que não será resolvida antes de 12-15 anos, tempo para formar Médicos (6 anos) e Especialistas (no mínimo mais três anos).
Peço apenas, em nome do povo que procura o Serviço Nacional de Saúde, às entidades competentes que criem, quer na Medicina Geral e Familiar, Saúde Pública e Especialidades Hospitalares, condições de trabalho e remuneratórias que permitam uma vida digna aos profissionais que abracem as carreiras de saúde e deixem de ter uma atitude esclavagista, para com os profissionais que ainda restam.
Haja Coragem!.