Projecto pioneiro leva a felicidade para dentro desta escola em Alcanena
Na Escola Básica Integrada Dr Anastácio Gonçalves, em Alcanena, incentiva-se os alunos a falar sobre as suas emoções e a querer saber como é que o outro se sente. Através de inteligência artificial medem-se os picos de emoção e os professores têm essa informação em conta ao escolherem a forma de leccionar a matéria.
Todos os dias cada aluno da Escola Básica Integrada Dr Anastácio Gonçalves, em Alcanena, passa pelo termómetro da felicidade ao entrar na sala de aula. Num processo de autorregulação avalia os seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, e define as emoções que está a sentir. Lá fora, no pátio, a cada segunda-feira, uma turma faz o lançamento do cubo para descobrir que actividade vai trabalhar ao longo dessa semana como, por exemplo, perguntar aos colegas como se sentem ou levarem roupas para serem distribuídas por crianças carenciadas. Estas são algumas das actividades que integram o projecto pioneiro Escola Feliz que na tarde de sexta-feira, 28 de Abril, foi apresentado ao ministro da Educação, João Costa.
Este projecto que coloca a felicidade no centro da aprendizagem dos 240 alunos desta escola foi implementado no início do presente ano lectivo em pareceria com a Câmara de Alcanena e além de contar com a colaboração de todos os professores e encarregados de educação envolve inteligência artificial que monitoriza, através de sensores, as emoções dos alunos. Desta forma os professores conseguem perceber em que alturas do dia, por norma, os alunos estão mais ou menos agitados para poderem ajustar a forma de leccionar a matéria.
“Entendemos que depois de duas pandemias e uma guerra era importante os alunos sentirem-se felizes e por isso instituímos o projecto Escola Feliz que alia a inteligência artificial às neuro-ciências e que faz um diagnóstico que depois nos permite tomar decisões”, afirmou a directora do Agrupamento de Escolas de Alcanena, Ana Cláudia Cohen, destacando que este projecto “assenta no auto-conhecimento, em processos de empatia, resiliência e auto-regulação” dos alunos.
*Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE