Torres Novas transforma cidadãos em guardiões do rio Almonda
Grupo de voluntários está a desempenhar um importante papel na monitorização e protecção das linhas de água do concelho de Torres Novas, em especial do rio Almonda. Vigiam, limpam, estabilizam as margens e procuram recuperar a ligação da população ao rio. O MIRANTE acompanhou uma manhã de trabalho dos oito guardiões do rio.
A manhã fria do último sábado de Novembro podia ser de descanso, mas os Guardiões do rio Almonda escolheram fazer a diferença e mobilizaram-se para mais uma acção de monitorização e protecção, desta vez no açude do Moinho da Cova, na cidade de Torres Novas. Pedro Neves, o guarda-rios do município – profissão que foi formalmente extinta mas que começa a ser recuperada – orienta os voluntários para a realização de uma faxina viva, uma técnica de engenharia natural para estabilização das margens através da colocação de estacas-vivas atadas por cordas, enquanto outros recolhem, para sacos, o lixo que vão encontrando junto à margem.
Neste projecto inovador do município de Torres Novas, que se insere numa estratégia alargada de cuidar do rio Almonda e das restantes linhas de água, todos trabalham em prol do mesmo: monitorizar e vigiar os cursos de água para identificar eventuais irregularidades, como a alteração à quantidade ou coloração, aparecimento e propagação de plantas invasoras, focos de poluição, desabamento das margens e, não menos importante, voltar a aproximar a população torrejana do rio. “É um desafio muito interessante porque houve um afastamento geral nas últimas décadas das pessoas relativamente ao espaço natural e assim é uma forma de trazer as pessoas de volta ao rio”, começa por referir a O MIRANTE o vereador com o pelouro do Ambiente, João Trindade, enquanto os guardiões tratam de fixar com prumos de madeira as estacas-vivas na margem do açude, que irão estabilizar a margem e melhorar a acção drenante.
*Reportagem completa numa próxima edição semanal de O MIRANTE.