Sociedade | 18-12-2023

Vale de Santarém é o epicentro da comunidade imigrante que veio para ficar

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Oriundos de países asiáticos instalaram-se no Vale de Santarém onde residem e se juntam para rezar numa mesquita improvisada. A maioria trabalha na agricultura, mas há quem prospere com pequenos negócios.

Partilham casa ou quarto e a vontade de ficar neste país onde se imaginam a educar os seus filhos. Retratos de uma comunidade que tem crescido nos últimos anos, a propósito do Dia Internacional das Migrações que se assinala esta segunda-feira, 18 de Dezembro.

No Vale de Santarém há um multiculturalismo crescente que contrasta com os que ali moram desde sempre. A comunidade de imigrantes que ali se tem instalado, maioritariamente oriundos da Índia e do Paquistão, não só esgotou as velhas casas que durante anos permaneceram vazias, como deu vida ao comércio local. A cada meia dúzia de passos, nalguns casos menos, há agora uma barbearia, uma mercearia paquistanesa onde se vendem produtos nacionais mas maioritariamente de origem asiática, e até uma mesquita onde, num silêncio profundo, os muçulmanos rezam várias vezes ao dia.

É numa dessas mercearias que Sagid Hussain dá as boas-vindas em inglês. “Falo muito pouco português”, avisa na mesma língua do cumprimento. A residir há três anos no Vale de Santarém, a única terra portuguesa onde morou, conta que imigrou sozinho com a ajuda de “outras pessoas” que já conhecia e que, tal como ele, vieram em busca de uma nova vida. “No Paquistão era muito difícil em termos financeiros. Aqui é bom, os portugueses são bons”, diz, explicando que também lá trabalhava numa mercearia por conta de outrem.

Sagid Hussain não tem dúvidas de que o principal problema no Vale de Santarém é a habitação. “É um lugar pequeno, já não há casas para tantas pessoas da Índia e do Paquistão. Os que vêm de novo já não vêm para cá, agora vão para Santarém ou para o Cartaxo”. Há, claro, senhorios ou intermediários que se aproveitam desta situação, pedindo preços exorbitantes por uma habitação onde depois acabam por morar mais pessoas do que aquelas que as divisões conseguem condignamente albergar. “Há os que pedem mil ou dois mil euros por uma casa, mas depois vivem lá umas 20 pessoas dentro”, alerta a técnica superior responsável pelo Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) do município de Santarém, Estrela Branco.

*Reportagem para ler na íntegra numa próxima edição semanal de O MIRANTE.

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