Cruz Vermelha de Aveiras de Cima inaugura novas instalações
As novas instalações da delegação de Aveiras de Cima da Cruz Vermelha Portuguesa custaram cerca de dois milhões de euros e eram aguardadas há cerca de duas décadas.
A delegação de Aveiras de Cima da Cruz Vermelha Portuguesa inaugurou o seu novo edifício de 1750 metros quadrados, um momento aguardado há duas décadas pelos socorristas que trabalhavam numas instalações com poucas condições no centro da vila. A obra, que custou dois milhões de euros, contou com um apoio de 650 mil euros da Câmara de Azambuja, verbas da delegação e o apoio de vários parceiros locais. Na inauguração, no domingo, 7 de Abril, esteve presente o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, António Saraiva.
O presidente da delegação, José Torres, disse que este é um “dia histórico”, uma vez que “as velhinhas instalações já não acompanhavam o crescimento da delegação”. O presidente da câmara, Silvino Lúcio, diz que este é um investimento no bem-estar humano e na construção de um concelho que actua de forma mais eficiente. “A delegação tem sido um farol de esperança e solidariedade em tempos de necessidade”, referiu. Já o presidente da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, António Torrão, agradeceu também aos que não acreditaram na obra, apontando-os como “um grande incentivo” para que esta se concretizasse. O autarca diz que esta obra é essencial não só para a freguesia e concelho como para o distrito e até para Lisboa.
As novas instalações da instituição foram vítimas de contratempos, como o facto de o terreno para onde estava prevista a construção, na Quinta do Mor, estar inserido em Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI). Em 2007 a Câmara de Azambuja iniciou o processo de legalização que se arrastou até 2017, ano em que o espaço foi entregue à Cruz Vermelha. Em 2016 a delegação estava à beira do colapso com apenas mil euros no banco e 14 salários de funcionários para pagar. A instituição tinha sido arrastada com a crise do Banco Espírito Santo dois anos tendo perdido cerca de um milhão de euros que tinha em aplicações financeiras e que serviriam para construir o novo quartel. Nos últimos anos conseguiu recuperar parte do dinheiro.