Estrada Nacional 118 passou de motor de desenvolvimento a ameaça à qualidade de vida
O 1.º Encontro sobre a Mobilidade na Lezíria do Tejo realizou-se dia 20 de Setembro, no Centro Cultural de Samora Correia. Preponderância do trânsito pesado na Estrada Nacional 118 marcou discussão.
O município de Benavente aderiu à Semana Europeia da Mobilidade, que decorre de 16 a 22 de Setembro, tendo organizado, dia 20 de Setembro, um Encontro sobre a Mobilidade na Lezíria do Tejo.
A iniciativa contou com a presença do presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Pedro Ribeiro, especialistas de planeamento de transportes e mobilidade, autarcas, entre outros.
A importância Estrada Nacional 118 (EN118), uma via que, no passado, foi considerada um motor de desenvolvimento das localidades, mas que, actualmente, é vista como um problema para a qualidade de vida dos habitantes foi um dos temas abordados.
“A Estrada Nacional 118 foi durante muitos anos entendida como um factor de desenvolvimento dos territórios. As populações queriam esta estrada a passar dentro das localidades porque era sinónimo de progresso. No entanto, hoje representa um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas”, constata Carlos Coutinho, presidente da Câmara Municipal de Benavente, que reconhece urgência em encontrar novas variantes para desviar o trânsito do interior das populações.
O volume de tráfego na EN118 aumentou significativamente nos últimos anos, criando situações de saturação em alguns troços da via. Um estudo recente, segundo adianta o autarca, indica que 15% do tráfego nesta estrada corresponde a veículos pesados, o que agrava a situação, especialmente por atravessar núcleos populacionais como Benavente, Salvaterra de Magos, Almeirim e Alpiarça.
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