Identidade Profissional | 06-02-2024 07:00

“Os mais novos têm que se chegar à frente para o associativismo não morrer”

“Os mais novos têm que se chegar à frente para o associativismo não morrer”
IDENTIDADE PROFISSIONAL

Quando terminou o ensino secundário Nídia Gomes não sabia que curso seguir. Pesquisou na Internet e escolheu solicitadoria.

Sete anos depois de começar a trabalhar diz que foi a melhor decisão que tomou. Comunicativa e extrovertida, gosta de resolver os problemas dos seus clientes. Está ligada ao associativismo e pertence aos órgãos sociais da Misericórdia de Pernes. Nos tempos livres gosta de fazer bolachas que, garante, os amigos adoram.

Nídia Gomes, 31 anos, considera-se uma pessoa comunicativa e desembaraçada, por isso sempre teve muito interesse em resolver assuntos e ajudar. Em criança sonhava ser massagista mas eram muitas as vezes que ia para a empresa do pai, que tem uma fábrica de farinha e um lagar de azeite. Era lá que passava algum tempo depois da escola, ou nas férias, e brincava a imaginar que trabalhava num escritório. Umas vezes sozinha, outras com o irmão e os primos. Natural de Chã de Baixo, aldeia da freguesia de Pernes, concelho de Santarém, fez a escola primária na sua aldeia e completou o ensino básico em Pernes. No 10º ano foi para a Escola Secundária Dr. Ginestal Machado.
Quando terminou o 12º ano não sabia que caminho seguir. Apenas tinha a certeza que não queria trabalhar na empresa do pai. Foi pesquisar à Internet e deparou-se com várias hipóteses, sendo que o curso de solicitadoria lhe chamou à atenção. Entusiasmou-se e candidatou-se apenas para esse curso que frequentou no Instituto Superior Bissaya Barreto, em Coimbra, cidade da qual guarda as melhores memórias desses tempos de estudante.. Terminou o curso em Fevereiro e o estágio da Ordem dos Solicitadores só começava no final do ano. Nesse intervalo inscreveu-se para fazer formação de formadores no ISLA, em Santarém.
Começou a trabalhar há aproximadamente sete anos, assim que começou o estágio, e há cerca de dois anos que tem um escritório com o seu orientador de estágio, Sérgio Salvador, na Rua Pedro de Santarém, no centro da cidade. “Quando terminei o curso não tinha intenção de trabalhar por conta própria, porque dá medo sobretudo quando somos jovens, mas foi a decisão mais acertada. Comecei a trabalhar com 21 anos. Ganhei muita maturidade desde cedo”, afirma a O MIRANTE.
Os processos mais complicados são normalmente relacionados com partilhas e divórcios. “Tentamos resolver os problemas da melhor forma possível mas na maioria das vezes, nestes casos, não é fácil que as partes se entendam uma vez que existe discórdia em relação a muita coisa”, explica a solicitadora. Nídia Gomes sublinha que existem cada vez mais pessoas que deixam assuntos relacionados com heranças e partilhas resolvidos antes de morrer, o que, garante, é o mais sensato para não deixar problemas para os herdeiros. “As pessoas têm que se preocupar cada vez mais com isso para que depois de morrerem as coisas sejam simples de resolver”, considera, acrescentando que o que menos gosta de fazer é estudar as leis, uma vez que estão sempre a sair novas actualizações.
Nídia Gomes sempre esteve ligada ao associativismo da sua terra e neste momento pertence à mesa administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Pernes, onde está no segundo mandato. Integrou os órgãos sociais da colectividade Música Velha e sempre ajudou nas colectividades da sua aldeia. “Gosto de ajudar a minha terra, até porque não tem muitas associações. Além disso, são sempre os mesmos que integram as direcções das colectividades e os mais novos têm que se chegar à frente para o movimento associativo não morrer. Tenho esperança que as festas da minha aldeia se voltem a realizar. Estamos a trabalhar para isso”, confessa.
A solicitadora fez parte da lista do PSD às últimas eleições autárquicas e quando é necessário substituiu eleitos na Assembleia de Freguesia de Pernes. A residir em Alcanhões, nos tempos livres gosta de cozinhar bolachas e bolos. “É uma terapia quando estou na cozinha. Os meus amigos estão sempre a pedir para fazer bolachas por isso só podem ser boas”, garante com uma gargalhada.

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