Excesso de burocracia continua a ser um entrave ao desenvolvimento da região e do país
Natural de Benquerença, concelho de Penamacor, Ana Gil cedo se mudou para a região de Lisboa para trabalhar.
Foi em Arcena, Alverca do Ribatejo, que acabou por comprar casa e abrir com o marido a Admifícios, empresa de gestão de condomínios que tem crescido nos últimos anos graças ao profissionalismo e dedicação de toda a equipa.
Ana Gil, sócia-gerente da Admifícios, empresa de gestão de condomínios de Arcena, Alverca do Ribatejo, é uma mulher sem medo do trabalho e que nunca desliga o telemóvel, mesmo quando vai de férias. Acredita que a proximidade com os clientes, a disponibilidade e a honestidade são os valores fundamentais para manter a relação de confiança com quem escolheu a Admifícios e ao mesmo tempo fazer crescer o negócio que, nos últimos anos, se tem afirmado na região como uma referência, tendo clientes de Castanheira do Ribatejo até Algés e margem sul do Tejo.
O excesso de burocracia, lamenta, é muitas vezes um travão para o desenvolvimento do país e da região e é um dos principais entraves que, no seu entender, as empresas enfrentam actualmente. Ana Gil, de 48 anos, é natural de Benquerença, concelho de Penamacor, onde estudou até ao 12º ano. “Ainda hoje gosto muito de lá ir e vou com frequência. Adorava morar em Castelo Branco. É uma cidade bonita mas a vida acabou por trazer-me para Arcena”, conta a O MIRANTE com um sorriso.
A empresária está habituada desde cedo a trabalhar e a lutar para conseguir ter sucesso. Veio para a região de Lisboa em busca de uma vida melhor, trabalhou numa pastelaria em Paço de Arcos, fez formações em contabilidade e cursos intensivos até começar a trabalhar em contabilidade e ainda passou pelos recursos humanos do Instituto Superior de Agronomia. A partir de 2007 começou a trabalhar exclusivamente no ramo da gestão e administração de condomínios numa empresa que já não existe.
“Na procura de casa acabámos por vir para a Arcena e gosto muito de viver e trabalhar aqui. Estamos perto de Lisboa e temos bons transportes. Temos autocarro directo para o Campo Grande, para a Gare do Oriente, para a estação de Alverca e Vila Franca de Xira. Dá perfeitamente para nos deslocarmos aqui sem carro”, elogia.
Em 2012 juntou-se ao marido, Joaquim Martins, para fundar a Admifícios. A empresa começou por ter as suas instalações no centro da cidade, junto da Drogaria Popular, mas em 2020, em plena pandemia, adquiriu uma loja em Arcena, com mais espaço e capacidade para crescer. “É o trabalho que fazemos nos diversos condomínios que leva os nossos clientes a recomendar-nos. É um negócio que obriga a muita resiliência e é muito stressante. Cada vez mais temos mais obrigações e solicitações”, explica a empresária.
Uma pessoa que preza a honestidade
Para Ana Gil, um empresário que queira ter sucesso tem de estar próximo dos clientes e ter capacidade de dar resposta às solicitações que vão chegando. A Admifícios faz administração e gestão de condomínios, limpezas e manutenção. “Gosto de saber um bocado de tudo e acompanhar tudo o que acontece na empresa. Nem sempre consigo, mas o ideal é que o empresário consiga saber um pouco de tudo o que vai acontecendo com os seus clientes. Não vejo que ser uma mulher ao comando da empresa faça alguma diferença. Todos temos oportunidades iguais e temos de ser tratados de forma igual”, defende. Quando era pequena, Ana Gil gostava de ter sido cabeleireira. “Era uma área de que gostava mas quando estudava também achava interessante tudo o que estivesse relacionado com física e química. Mas não cheguei a enveredar por essa área”, conta.
Diz-se uma pessoa calma que preza acima de tudo a honestidade. A Admifícios está aberta das 09h00 às 18h00 com intervalo das 13h00 às 15h00 de segunda a sexta-feira. “Os clientes podem vir sempre que precisam, não precisam de marcação prévia, embora seja o desejável para tratar de alguns assuntos que precisam de mais tempo. A nossa equipa tenta sempre atender o cliente da melhor maneira e dar o seu melhor para que os clientes fiquem contentes, satisfeitos e com os assuntos resolvidos”, conclui.