Ricardo Soares apostou nas energias renováveis e quer expandir negócio
Ricardo Soares, 42 anos, abriu a Samogreen em 2009 e desde então o negócio das energias renováveis e segurança electrónica tem vindo a crescer. A empresa conta com nove funcionários e tem instalações no Porto Alto. O empresário continua a expandir as áreas de negócio para as consolidar num único grupo empresarial.
Ricardo Soares percebeu que tinha capacidade para abrir o próprio negócio em 2009, em plena crise financeira mundial. Os alertas das pessoas mais chegadas não o demoveram e abriu a Samogreen, uma empresa na área das energias renováveis e segurança electrónica. Natural de Marinhais, tirou o curso de electrónica na Escola Profissional de Salvaterra de Magos e mais tarde licenciou-se em electrónica e telecomunicações. De dia trabalhava na Securitas Portugal, como técnico de sistemas de segurança, à noite ia para as aulas.
Com experiência noutras empresas do ramo da electricidade, criou uma rede de contactos e desenvolveu mecânicas próprias de trabalho. Quando arrancou com a empresa recorreu a um programa do Instituto de Emprego e Formação Profissional e abriu a Samogreen com o tio. De dois funcionários iniciais foi crescendo ao longo dos anos e passou para quatro. Hoje a empresa tem nove trabalhadores e instalações no Porto Alto, concelho de Benavente.
Um negócio que continua a angariar clientes, que são hoje amigos, e que se expandiu das energias renováveis para a climatização, aquecimentos centrais e postos de carregamento para veículos eléctricos. Se em 2009 a maioria dos clientes eram particulares hoje são empresariais e industriais. Mesmo quando as microproduções abrandaram, em 2013, nunca faltou trabalho à Samogreen.
Expandir os negócios
Ricardo Soares não pára e é de ideias fixas. Ninguém o demove de arriscar, apesar de admitir que os riscos são calculados e falados.
Já teve clientes internacionais, nomeadamente de Marrocos, Cabo Verde e Angola, mas hoje não tem essa necessidade porque os clientes nacionais são cumpridores. “Não tenho grandes dificuldades, o negócio está a fluir e em velocidade cruzeiro. A carga fiscal dos empresários é elevada mas estamos num país em que temos de aceitar, ou mudar o que está feito, não há grande volta a dar”, diz.
Quando olha para o negócio a médio prazo imagina a expansão para mais áreas, tudo fundido num único grupo. Para já abriu uma empresa de mediação imobiliária e outra de construção e remodelação com outro sócio, e tem mais dois projectos em vista para arrancar.
Ao longo da carreira sempre conseguiu conciliar a vida pessoal com a profissional. Ricardo Soares e a esposa fizeram questão de acompanhar os filhos na escola e nas suas actividades. Não se imagina a sair de Samora Correia, onde vive, porque gosta da proximidade que não existe nos grandes centros urbanos, em que as pessoas são mais frias. “Temos bons acessos, estamos à porta de Lisboa e somos o coração do Ribatejo”, conclui.