Saber ouvir é o segredo de Bruno Martins no negócio do imobiliário
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Bruno Martins descobriu cedo a paixão pelo sector imobiliário e, com determinação, transformou-a numa carreira de sucesso. Natural da Fajarda, Coruche, começou no ramo em 2006, passou por Lisboa, foi reconhecido pela Forbes e, em 2022, regressou às origens para criar a Ribatec Imobiliária. Hoje, lidera uma equipa em crescimento, focada na ética, na confiança e na valorização do mercado.
Bruno Martins, de 44 anos, é natural da Fajarda, no concelho de Coruche, e é o rosto da Ribatec Imobiliária. Desde 2006 que se dedica ao mercado de imóveis, construindo uma carreira marcada pela seriedade e pelo compromisso com os seus clientes. O seu percurso começou de forma inesperada, quando trabalhava no restaurante da família, na Barragem de Magos, em Salvaterra de Magos. Os clientes perguntavam frequentemente sobre casas para vender, o que despertou a sua curiosidade pelo sector. Decidiu arriscar e enviou currículos para várias imobiliárias, mas, por ser jovem, encontrou resistência. Foi na Remax Santarém que teve a sua primeira oportunidade, em 2006, e rapidamente se destacou: no segundo ano já era o melhor comercial da empresa.
Com a crise de 2011/2012 mudou-se para Lisboa, onde integrou a Remax Ábaco, no Campo Pequeno. Foi um período de grande aprendizagem, e o seu desempenho valeu-lhe reconhecimentos, incluindo distinções da Forbes Portugal em 2018 e 2019 como um dos melhores comerciais do país. A imobiliária passou depois a operar sob a marca Keller Williams, onde manteve a sua trajectória de sucesso.
A pandemia trouxe novos desafios e, durante o confinamento, surgiu a ideia de regressar às origens. Conhecendo bem o mercado e contando com a colaboração de Marco Canuto, seu colega de longa data, decidiu abrir a sua própria imobiliária. Assim nasceu, em 2022, a Ribatec Imobiliária, que tem registado um crescimento sustentado. 2024 foi o melhor ano de sempre, tanto para a empresa como para a equipa de Bruno Martins. Com a chegada de novos comerciais, estão agora à procura de instalações maiores para continuar a evoluir sem perder a identidade de um serviço personalizado e de qualidade.
O imobiliário como paixão e compromisso
Desde cedo, Bruno Martins sonhava ser empresário, mas não dispunha dos recursos financeiros para criar um negócio tradicional. O imobiliário surgiu como uma oportunidade para crescer sem necessidade de um investimento inicial elevado, apostando no seu tempo e dedicação. Descobriu que gostava verdadeiramente da profissão e que nela poderia construir um futuro sólido. Reconhece que o sector é desafiante e exige uma ampla gama de conhecimentos, desde marketing a fiscalidade, passando por construção e documentação. Para garantir um serviço rigoroso, a Ribatec colabora com especialistas e parceiros que ajudam a fornecer informações fidedignas aos clientes.
Na Ribatec, a abordagem é clara: ouvir os clientes e compreender as suas necessidades. Para Bruno Martins, vender uma casa é um compromisso sério, não uma simples transacção. “Uma casa não é um casaco que se compra por impulso. É um investimento para a vida”, sublinha. Ter uma imobiliária com o seu nome significa responsabilidade acrescida. “Quero poder andar na rua tranquilamente, sem receio de encontrar alguém que se sentiu enganado”, afirma. A transparência e a honestidade são os pilares do seu trabalho, e acredita que a boa reputação vale mais do que qualquer comissão. “No ano passado vendemos cerca de 50 casas. Se este ano vendermos 40, e for com qualidade, é o suficiente para vivermos bem sem precisar de enganar ninguém”, diz.
O mercado imobiliário em Coruche tem-se mostrado dinâmico, muitas vezes mais activo do que Lisboa, dado o aumento da procura por parte de compradores vindos da capital. Os preços continuam a subir devido à lei da oferta e da procura. Como muitas famílias não conseguem adquirir casa em Lisboa ou arredores, viram-se para zonas mais afastadas, mas ainda dentro do raio de 100 quilómetros da cidade. Bruno Martins observa também o impacto da futura construção do aeroporto na região, com algumas pessoas a querer vender casas em Santo Estêvão para se afastarem do movimento acrescido. “Quem comprou quintas naquela zona estava à procura de tranquilidade, e os aviões podem alterar esse ambiente”, explica.
Para além do mercado imobiliário, Bruno Martins preocupa-se com o desenvolvimento da sua terra. Considera que Coruche tem um grande potencial, mas precisa de melhores acessibilidades a Lisboa e de um reforço na área da saúde. A concretização do IC10, que tem sido debatida há anos, ajudaria a encurtar distâncias e a tornar a vila ainda mais atractiva para novos residentes.