Identidade Profissional | 30-07-2025 21:00

“A sorte só vem à frente do trabalho no dicionário”

“A sorte só vem à frente do trabalho no dicionário”
IDENTIDADE PROFISSIONAL
Vitor Silva é natural de Vila Franca de Xira e o seu primeiro trabalho foi numa agência de viagens da cidade - foto O MIRANTE

Vítor Silva é um homem que vive e respira Vila Franca de Xira. Presidente da assembleia geral da Santa Casa da Misericórdia de VFX e do Núcleo Sportinguista da cidade, é uma figura de referência na comunidade. Cresceu numa Vila Franca de Xira diferente da de hoje, brincando na rua e respeitando a força do Tejo e das tradições taurinas. Fez carreira na área comercial da Allianz Portugal e é um apaixonado pela sua terra.

Vitor Silva, 59 anos, é uma figura profundamente ligada a Vila Franca de Xira, terra onde nasceu, cresceu e construiu a sua vida pessoal, profissional e política e um homem para quem os valores fundamentais do trabalho são a honestidade e a integridade. É presidente da assembleia geral da Santa Casa da Misericórdia de VFX, presidente do Núcleo Sportinguista e está também ligado à estrutura local do PSD, sendo vereador na câmara municipal em substituição, pela coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), nas ausências de David Pato Ferreira ou Ana Afonso.
Desde criança que sonhava com altos voos, com a aviação a ser uma das suas paixões. “Quando era pequeno sonhava ser piloto de aviões. Sonhava poder voar, e ainda hoje gosto muito de ver aviões, é algo que me atrai. O pior é levar com o barulho deles no nosso concelho”, confessa, recordando o ruído que por vezes ainda ouve na casa onde vive, na Quinta da Grinja.
A sua infância em VFX foi vivida com a liberdade típica de outras épocas, brincando na rua. “Morei muitos anos da minha juventude no coração da cidade, na chamada rua direita, a poucos metros do largo da câmara. Vivi com muita intensidade tudo o que na altura se passava em VFX. Só estávamos em casa quando os nossos pais nos obrigavam. Lembro-me deles a chamar-me da janela, a mesma por onde muitas vezes entrava em casa”, recorda com um sorriso a O MIRANTE.
A relação com o Tejo e com os toiros faz parte da sua memória e identidade. Profissionalmente, Vitor Silva construiu uma carreira respeitada na área comercial, sendo director comercial regional da Allianz Portugal, responsável por vários escritórios da companhia, abrangendo uma vasta região que vai de Vila Franca de Xira a Vila Real de Santo António, incluindo toda a Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve. “Gosto imenso desta área. O trabalho comercial fascina-me e gosto imenso do que faço todos os dias e em particular contactar com muitas pessoas”, conta.
Defende que o segredo para o sucesso profissional está no prazer do que se faz, considerando que o trabalho é essencial na vida e que a honestidade é fundamental e um valor inegociável. Para Vitor Silva a integridade é um valor importante, considerando que em tempos muito competitivos é o maior activo que alguém pode oferecer.
A sua primeira experiência profissional foi aos 16 anos, como paquete numa agência de viagens em VFX, em que tinha de ir a Lisboa todos os dias tratar de passaportes e bilhetes de avião para os clientes da agência. Posteriormente, trabalhou sete anos na Exide, em Castanheira do Ribatejo, onde foi responsável de armazém, experiência que descreve como óptima e que o ajudou imenso a crescer.

A vontade de ajudar a terra
Vítor Silva começou a interessar-se pela política aos 16 anos, fruto do ambiente diverso que encontrou na Quinta da Grinja, onde viviam muitas pessoas vindas das ex-colónias. Foi através dessas novas amizades que conheceu a JSD. Foi presidente da comissão política concelhia da JSD e teve vários cargos dentro do PSD no concelho de VFX. Na base desse envolvimento político esteve sempre uma vontade de poder trabalhar para o bem comum da sua terra. Apesar da longa ligação à política local, admite que nunca teve ambições de ser candidato a presidente de câmara. “Neste momento o partido tem um candidato capaz de responder ao que o concelho precisa”, considera.
Sobre a sua cidade, Vítor Silva é crítico e preocupado com o futuro. “Gostava de a ver diferente. Somos uma cidade parada no tempo, que tem o seu edificado completamente desvalorizado e pouco desenvolvido. VFX fervilhava todos os dias, agora não. Perdemos restauração, comércio local e não houve visão de quem nos tem governado para encontrar alternativas, porque houve outras cidades que souberam desenvolver-se e encontrar alternativas. A cidade tem vindo a morrer”, lamenta. Já a duplicação da Linha do Norte preocupa-o, defendendo que o concelho não pode ser frouxo nas reivindicações e deve ter um pulso firme nas negociações com a Infraestruturas de Portugal para reclamar o melhor para o seu território.
Homem de família, Vítor Silva não esconde que um dos seus pilares é a ligação aos amigos e à família. Nunca quis sair da cidade, preferindo manter-se próximo das suas raízes. Considera-se um homem de bem com a vida e acredita que o sucesso resulta do trabalho. “Num mundo global a chave do sucesso reside no trabalho. Costumo dizer que a sorte só vem à frente do trabalho no dicionário. Podemos ter muito valor, sermos inteligentes e ter enormes capacidades mas sabermos trabalhar é fundamental”, conclui.

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