Identidade Profissional | 13-08-2025 10:00

“O segredo para se ser bom profissional é não cair na rotina nem perder o brio”

“O segredo para se ser bom profissional é não cair na rotina nem perder o brio”
IDENTIDADE PROFISSIONAL
Joana Sá Pinto considera-se uma pessoa perfeccionista e resiliente - foto O MIRANTE

Joana Sá Pinto é natural do Entroncamento, cidade de onde saiu para estudar e à qual voltou para trabalhar e constituir família. Há 11 anos na Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento, assume a responsabilidade da gestão da comunicação e de assessoria ao provedor. Acredita que há sempre espaço para o crescimento profissional e diz que no seu caso a família é um motor para continuar empenhada na concretização das suas ambições.

Trabalhar na mesma instituição há mais de uma década e manter a vontade de inovar e crescer, sem apanhar o chamado síndrome da acomodação, pode não ser fácil. Mas é esse, acredita Joana Sá Pinto, um dos critérios indispensáveis para se continuar a ser um bom profissional. “É difícil e desafiante, mas o segredo é reinventarmos todos os dias, não cairmos na rotina, não perdermos o brio profissional e nunca nos encostarmos”, diz a O MIRANTE a responsável de marketing e projectos da Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento, sublinhando que é feliz no trabalho mas que continua em busca da plena realização profissional, o que lhe permite continuar a crescer e a investir na sua formação.
Uma das missões de Joana Sá Pinto é fazer com que haja naquela instituição, onde trabalham cerca de 300 pessoas, uma boa comunicação interna para que se consiga comunicar bem e de forma eficiente para o exterior. Cada vez mais, refere, as pessoas procuram informação nas redes sociais e, por isso, é crucial trabalhá-las de acordo com o que o público alvo pretende. “Quando entrei na Santa Casa, as redes sociais ainda eram uma coisa estranha”, recorda. Hoje, os próprios utentes idosos as utilizam para se manterem a par do que acontece e se verem nas fotografias. Das muitas tarefas que tem de cumprir, a de comunicar para a comunidade é a mais fácil porque “a área social toca mais facilmente o coração das pessoas”.
Além de gerir dois lares e uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados, a Misericórdia do Entroncamento tem a gestão do Hospital de São João Baptista afirmando-se como um parceiro importante na resposta às necessidades da população na área da saúde. Orgulhosa do percurso que tem sido feito neste campo, Joana Sá Pinto frisa que as várias administrações têm trabalhado para que sejam estabelecidos mais protocolos com o Sistema Nacional de Saúde, de modo a que o utente não tenha de pagar pelo serviço prestado.
Nestes 11 anos já trabalhou com três provedores e um presidente de comissão administrativa, todos homens. Mas o que prefere destacar não é se é mais fácil trabalhar com homens ou mulheres, mas o seu gosto por “trabalhar com pessoas novas” que a façam questionar se o método que está a seguir é o mais vantajoso e eficaz. “Aprendemos sempre. Gosto que me venham dar abanões e me perguntem o porquê de fazer de determinada forma. Porque não é porque estamos habituados a fazer um caminho que faz dele o melhor. E, às vezes, é quando vêm as novas pessoas que nos mostram o contrário”, justifica a profissional do marketing que é também responsável directa pelo Gabinete do Provedor.
Outra das funções de Joana Sá Pinto, a que tem maior peso no seu dia-a-dia, é a das candidaturas de projectos a fundos comunitários, como a que têm a decorrer para a aquisição de viaturas eléctricas. Outro no qual trabalhou foi o projecto para a valência de creche, “uma necessidade para o concelho” mas que teve de ficar a marinar por causa das limitações orçamentais e de comparticipação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Outra das tarefas exigentes que lhe dá gozo é a de organização de eventos destinados aos colaboradores da instituição, como o jantar de Natal e o arraial dos Santos Populares. “A descompressão, a troca e a partilha que acaba por não acontecer ao longo do ano, porque estamos na correria do dia-a-dia, acontece nestes dias”, afirma.

Trocou a docência pela comunicação
Com 38 anos e dois filhos, um de seis anos e apenas três meses, Joana Sá Pinto está neste momento em licença de maternidade. Natural do Entroncamento, onde sempre viveu à excepção do tempo em que estudou no Algarve e que lhe deixa muitas saudades, ambicionava na juventude seguir psicologia. Acabou por se licenciar em Ciências da Educação e da Formação. Foi depois de iniciar a sua actividade profissional a leccionar que percebeu a sua paixão pelo marketing e comunicação. Voltou aos estudos, já nessa área, e iniciou o trabalho de responsável de comunicação numa empresa em Lisboa.
Perfeccionista e resiliente, Joana Sá Pinto confessa que lida mal com o erro no trabalho, que acaba sempre por trazer frustração mas também a vontade de recomeçar e fazer melhor. Tem dificuldade em delegar e mantém a ambição de continuar a crescer profissionalmente. Não olha para a família como um entrave nesse processo mas sim como uma alavanca que funciona como uma dose extra de motivação.

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