A índia tornou-se hoje o primeiro país a colocar uma sonda espacial na superfície da Lua junto ao pólo sul, com a alunagem bem-sucedida da nave não tripulada Chandrayaan-3.

Quatro anos depois de uma tentativa falhada, a Índia juntou-se agora aos Estados Unidos, à Rússia e à China como os países que chegaram à superfície da lua. A Índia foi o primeiro a alunar no pólo sul. Apenas os Estados Unidos tiveram astronautas na superfície da Lua, entre 1969 e 1972, todos homens, no âmbito do programa Apollo.

A Chandrayaan-3, que foi lançada em 14 de Julho, pousou junto ao pólo sul da Lua cerca das 13h30, de Lisboa.

O interesse nesta área está relacionado com as alegadas reservas de gelo, que poderiam apoiar postos avançados humanos e fornecer propulsão para as naves espaciais de missões a Marte e a outros destinos distantes.

O pólo sul da Lua é também o objectivo das futuras missões tripuladas dos Estados Unidos, o programa Ártemis da NASA.

A partir de hoje o quarto país do mundo a marcar presença na Lua, a Índia tentou alcançar o pólo sul lunar em 2019, com a nave espacial “Chandrayaan-2”, mas perdeu a comunicação antes de tocar na superfície lunar.

A missão Chandrayaan-3 é composta por um módulo de aterragem autónomo de 1,7 toneladas, um módulo de propulsão de 2,1 toneladas e um veículo robótico de 26 quilos e pretende desenvolver e testar novas tecnologias necessárias para missões interplanetárias.

As cargas úteis do módulo de aterragem incluem instrumentos para medir a condutividade térmica e a temperatura, para medir a sismicidade em torno do local de alunagem, para estimar a densidade do plasma e as suas variações, bem como um conjunto de retro reflectores laser passivos da NASA para estudos de alcance de laser na superfície lunar.

Chandrayaan significa "nave lunar" em sânscrito. O programa foi desenvolvido pela Organização de Investigação Espacial Indiana (ISRO).