Internacional | 13-02-2024 10:22

Chanceler alemão defende produção em “grande escala” de armamento na Europa

“Por mais dura que seja esta realidade, não vivemos tempos de paz" e “quem quer a paz deve conseguir dissuadir possíveis agressores”, sublinhou Olaf Scholz.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, instou hoje os europeus a voltarem-se para a produção em massa da equipamento militar, favorecendo encomendas agrupadas e de longo prazo, e alertou para a ameaça duradoura representada pela Rússia.

O líder do Governo alemão marcou hoje presença na cerimónia de inauguração de uma nova fábrica do fabricante de armas Rheinmetall, no maior complexo industrial de defesa do país, em Untelüss, no norte da Alemanha.

A nova unidade deve produzir munições de artilharia de 155 milímetros a partir de 2025, visando gradualmente uma capacidade de 200 mil projécteis por ano.

Segundo Scholz, este é uma 'chamada' para os europeus, para que fortaleçam a base industrial de defesa do continente.

“Devemos (...) voltar-nos para a produção de armas em grande escala”, insistiu Olaf Scholz, lembrando que esta é uma "necessidade urgente”.

“Por mais dura que seja esta realidade, não vivemos tempos de paz", sublinhou o chanceler alemão.

A guerra da Rússia na Ucrânia e as “ambições imperiais” de Vladimir Putin representam “uma grande ameaça”, alertou.

Nesta situação, “quem quer a paz deve conseguir dissuadir possíveis agressores”, defendeu o chefe do Governo na Alemanha.

Apesar dos milhares de milhões de euros em armas entregues à Ucrânia pelos países da União Europeia (UE) desde o início da invasão russa, estes ainda estão longe de ter alcançado capacidade suficiente para apoiar de forma sustentável o país e reconstituir as suas próprias reservas.

De acordo com Olaf Scholz, para resolver estes problemas é necessária uma cooperação industrial “mais estreita” entre os 27 Estados-membros.

Scholz reconheceu ainda que a Alemanha tem sido um mau exemplo, porque a política de armamento "foi executada como se fosse uma questão de comprar um carro", sem o planeamento a longo prazo que tem sido necessário para que as indústrias de defesa invistam. em capacidades adicionais.

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