Internacional | 07-11-2025 08:49

Mais de metade dos jovens dizem não ter propósito de vida

jovem em busca de proposito
foto ilustrativa

Universidade de Harvard conduziu uma pesquisa que aponta para níveis preocupantes quanto ao propósito de vida dos mais novos. Mais de metade dos jovens entre os 18 e os 25 anos dizem não encontrar propósito ou sentido na vida.

Mais de metade dos jovens entre os 18 e os 25 anos (cerca de 58%) diz não encontrar propósito ou sentido na vida e 50% desses jovens reconhecem que essa falta de rumo que sentem afeta a sua saúde mental.
O relatório On Edge: Understanding and Preventing Young Adults’ Mental Health Challenges, desenvolvido pelo centro Making Caring Common, alerta para a ausência de propósito na vida considerando-o o principal fator associado à ansiedade e à depressão entre jovens adultos.
As conclusões do estudo apontam para um cenário de preocupação financeira, pressão por desempenho e sensação de colapso global, onde 45% dos jovens afirmam sentir que o mundo à sua volta se está a desmoronar, afetando a sua estabilidade emocional. As investigações feitas no estudo revelam também fragilidade nas relações; 44% dos jovens dizem sentir que não são importantes para os outros, e 34% admitem viver em solidão. Existem ainda jovens com preocupações sociais e políticas: 42% dos inquiridos dizem-se afetados emocionalmente pela violência armada nas escolas, 34% afetados por mudanças climáticas, e 30% pela sensação de que os líderes políticos não são competentes ou são mesmo corruptos.
Um estudo complementar Beyond Work, Scroll and Repeat resume a rotina destes jovens com meia dúzia de palavras: "trabalhar, mexer no telemóvel e repetir tudo outra vez".
A realidade é que a geração actual é que tem mais facilidade no acesso à informação, ao conforto e às várias possibilidades de sucesso, mas ao mesmo tempo é também aquela que sente um maior vazio na vida.
Para combater o vazio emocional, o estudo sugere cinco possíveis caminhos: cultivar relações autênticas, escutar com atenção, incentivar o serviço ao próximo, propor metas com propósito coletivo e nutrir a dimensão espiritual.
A investigação alerta que a saúde mental da nova geração depende da recuperação do sentido humano e comunitário da vida, para que se possa viver sem a responsabilidade do trabalho, visualizar conteúdos na tela do telemóvel e repetir tudo outra vez, porque “o sentido da vida não está no que o mundo aplaude, mas no que permanece quando ninguém está a ver”.

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