O papa Francisco encontrou-se hoje, no Vaticano, com Edith Bruck, poetisa judaica de origem húngara e sobrevivente do Holocausto, que já tinha recebido a visita do sumo-pontífice de surpresa, na sua casa em Roma, no ano passado.

O encontro decorreu na residência do papa, Casa de Santa Marta, para assinalar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

“O papa Francisco teve uma longa e afetuosa conversa, que durou cerca de uma hora, com a Edith Bruck, pouco menos de um ano depois da sua visita à casa da escritora em Roma”, pode ler-se.

“Ambos sublinharam o valor inestimável de transmitir aos mais jovens a memória do passado, mesmo os seus aspetos mais dolorosos, para não se cair nas mesmas tragédias”, acrescentou a Santa Sé.

O sumo-pontífice católico pediu hoje que se incuta nas novas gerações “a consciência do horror desta página negra da história”, através de uma mensagem nas redes sociais.

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é assinalado a 27 de janeiro para celebrar a libertação do campo de extermínio de Auschwitz, construído pelo regime nazi da Alemanha em território polaco, nesse dia do ano de 1945.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram neste campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Em fevereiro de 2021, Francisco já tinha visitado a escritora na casa desta, no centro de Roma. Na ocasião, papa e poetisa também falaram durante uma hora sobre a experiência da escritora como sobrevivente do Holocausto, dos seus medos e esperanças.