Autor de um vasto trabalho literário iniciado em 1980 com “Subsídios para o Cancioneiro Popular de Azambuja”, Sebastião Mateus Arenque era considerado um vulto da cultura ribatejana. Electricista de profissão, etnógrafo e poeta de coração, foi considerado um exemplo nacional de envelhecimento activo pela Associação Portuguesa de Psicogerontologia, na altura em que fez 89 anos. Guardador de gado em menino, escrevia poemas em papel de merceeiro para enganar a solidão na lezíria. Correu atrás da tradição oral para dar nova alma ao Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja e na sua casa nasceu o primeiro núcleo do museu que evoca as tradições de um povo que viveu da agricultura à beira Tejo