Doentes não urgentes vão ser reencaminhados para os centros de saúde com hora definida
Segundo o Ministério da Saúde a medida vai ser aplicada nas urgências dos hospitais do de Lisboa e Vale do Tejo
Os doentes com pulseiras verdes e azuis na triagem das urgências nos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo vão ser reencaminhados para centros de saúde, onde serão atendidos com hora previamente definida, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
“Relativamente aos cuidados de saúde primários, está em curso o reforço dos atendimentos em horário alargado e complementar e a operacionalização da `Via Verde ACES” nos serviços de urgência, para que os utentes triados com pulseira verde ou azul possam ser referenciados dos hospitais para os centros de saúde, com data e hora previamente definida”, adiantou o ministério de Manuel Pizarro em comunicado.
Fonte do Ministério adiantou à Lusa que esses doentes serão atendidos nos centros de saúde para onde forem referenciados no prazo de 24 horas.
Esta foi uma das decisões tomadas hoje numa reunião do ministro da Saúde com os administradores e directores clínicos de todos os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo com serviço de urgência, para um ponto de situação sobre o plano de resposta ao inverno.
Segundo o ministério, a afluência aos serviços de urgência geral encontra-se neste momento acima da registada no mesmo período de 2021, verificando-se um acréscimo na procura da urgência pediátrica.
Esta maior afluência, de acordo com o Governo, deve-se a uma procura elevada das urgências em situações não urgentes, mas também a casos de maior complexidade clínica relacionados com doenças crónicas e com o envelhecimento da população, que motivam maior pressão sobre os internamentos.
De acordo com o comunicado, no âmbito das medidas previstas no plano estratégico de resposta ao inverno, foi definida hoje como prioridade a agilização das equipas de gestão das vagas de internamento em cada hospital, para uma melhor resposta global das urgências.
O comunicado adianta também que, no encontro de hoje, foram “partilhadas com o ministro da Saúde algumas dificuldades sentidas ao longo das últimas semanas, com o acréscimo da procura”, sobretudo nas urgências gerais e pediátricas.