Nacional | 05-01-2023 11:46

Os cinquenta anos do jornal Expresso, de cujo nome poucos gostavam

Os cinquenta anos do jornal Expresso, de cujo nome poucos gostavam
FOTO EXPRESSO

Há seis anos que é o jornal mais vendido, com uma circulação paga de quase 95.000 exemplares, liderando as vendas em banca com mais de 46.000 exemplares e nas vendas digitais com quase 47.000.

O jornal Expresso faz 50 anos na sexta-feira, data que será assinalada com a conferência "Deixar o Mundo Melhor", numa semana em que o título passa a ser depositado em formato digital na Biblioteca Nacional.
Em 06 de Janeiro de 1973 nascia o Expresso, inspirado nos jornais de domingo de qualidade ingleses The Sunday Times e o The Observer, num ano em que os principais media estavam "nas mãos de proprietários afectos ao Governo", como recorda o fundador Francisco Pinto Balsemão, no seu livro “Memórias”.
"O que me fascinava e quis reproduzir em Portugal era o tipo de jornalismo que praticavam, a separação clara entre notícias e opinião, a dimensão dos textos consoante a importância efectiva dos assuntos, a cobertura internacional e as páginas económicas", conta.
Na altura com 34 anos, o jornalista, empresário e político relata que na origem da concepção e do arranque do Expresso esteve a vontade de provar a si próprio, à família e ao mundo que era capaz de lançar e fazer triunfar um projecto inovador na área da imprensa.
Sobre o nome do jornal, o fundador relata que a escolha que fez tinha poucos adeptos entre os seus amigos e conhecidos e até dentro da própria equipa já contratada.
"Convenceram-me", diz, a mandar fazer um estudo de mercado: "E os resultados para a minha causa não foram bons: a maioria dos inquiridos associava a palavra 'expresso' a ... comboios e não gostava dela para título de publicação". Contudo, acrescenta, "não cedi, ficou mesmo Expresso. E, pelos vistos, bem'", conclui Francisco Pinto Balsemão.
Lançado com o ‘slogan’ "Expresso - o semanário dos que sabem querer", o título nunca vendeu "menos de 60.000 exemplares", e 1987 ultrapassou, pela primeira vez, os 100.000 exemplares vendidos.
Segundo dados da APCT, entre Janeiro e Setembro do ano passado, o Expresso foi a publicação mais vendida em Portugal.
"Há seis anos que o Expresso é o jornal mais vendido em Portugal", de acordo com um comunicado de Novembro, com uma circulação paga de quase 95.000 exemplares, liderando "as vendas em banca com mais de 46.000 exemplares vendidos" e "nas vendas digitais com quase 47.000 exemplares".
Os 50 anos do Expresso – a pouco mais de um ano de se celebrar meio século da Revolução dos Cravos – são marcados pela conferência "Deixar o Mundo Melhor", onde marcarão presença várias personalidades da actualidade nacional, da política ao desporto, passando pela economia e humor, entre os quais Mário Centeno, António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa.

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