Maioria dos portugueses avalia negativamente trabalho do Governo na agricultura
Sondagem do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, teve 991 inquéritos telefónicos válidos e foi encomendada pela CAP.
Quase 70% dos portugueses defendem que o desempenho do Governo no que diz respeito à agricultura é “mau” ou “muito mau” e 41% referem que o trabalho da ministra é “razoável”, segundo um estudo hoje divulgado.
A sondagem “A opinião dos portugueses sobre a agricultura nacional”, desenvolvida pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, a pedido da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), concluiu que 67% dos portugueses avaliam como “mau ou muito mau” o trabalho do Governo no que diz respeito à agricultura.
Por sua vez, 49% sabem quem é a ministra da Agricultura da Alimentação, Maria do Céu Antunes, apesar de só 5% se lembrarem do seu nome, e 41% classificam como “razoável” o trabalho que tem sido feito pela governante.
Mais de metade (58%) reconheceram a CAP como a organização mais representativa dos agricultores portugueses, 83% têm ouvido falar das reivindicações dos agricultores, sendo que 89% as consideram justas.
Por sua vez, 53% não sabem que o Governo e os agricultores estabeleceram, recentemente, um acordo e 55% referiram que o executivo não respondeu às reivindicações do sector.
Para 62% dos inquiridos, os apoios do Governo à produção não permitem que os consumidores tenham acesso a produtos mais baratos, enquanto 34% respondem que sim e os restantes 4% não sabem ou não respondem.
A maioria (77%) dos portugueses considera ser “muito importante” garantir a auto-suficiência alimentar.
O inquérito foi realizado, via telefone, entre 10 e 19 de Abril. O universo é composto por cidadãos a partir dos 18 anos, com nacionalidade portuguesa e residentes em Portugal. No total, contabilizaram-se 991 inquéritos válidos.
Entre os inquiridos, 28% são do Norte, 21% do Centro, 35% da Área Metropolitana de Lisboa, 7% do Alentejo, 5% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. A margem de erro máximo desta amostra é de 3,1%, com um nível de confiança de 95%.